A jornalista Miriam Leitão, colunista na Globo, desceu o sarrafo na proposta de desvinculação dos gastos com saúde e educação na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial.
Para a veterana jornalista, as duas áreas –saúde e educação– são difusas e mexe com interesses de toda a sociedade e, por isso, não se deve modificar sem amplo debate.
A Constituição de 1988 obriga União, Estados, Distrito Federal e Municípios a aplicarem 25% das receitas na educação e 15% na saúde. São responsabilidades tripartites, que o presidente Jair Bolsonaro planeja desvencilhar-se.
A ideia do governo é reduzir impostos dos combustíveis –gasolina, diesel e gás de cozinha–, forjar sensação de diminuição nos preços, porém o Tesouro Nacional pagaria essa diferença com os recursos da saúde e da educação.
O especulador estrangeiro continuaria feliz, os combustíveis seriam subsidiados com os recursos das áreas sociais, enquanto o SUS e o Fundeb desapareceriam.
Note, caríssimo leitor. Até Miriam Leitão, da Globo, ficou chocada.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.