Lula segue formando médicos nestes obscuros tempos de Bolsonaro e Covid

Gustavo Santiago, pelo Twitter, escreve que se formou graças ao ProUni e ao governo do ex-presidente Lula.

“Ontem eu oficialmente me formei. Me tornei o primeiro médico da minha família. Que doidera”, escreveu o novo médico.

Grato, Gustavo não esqueceu de agradecer Lula: “VIVA O PROUNI! Obrigado @LulaOficial!”

Atento às redes sociais, o ex-presidente Lula interagiu com o novo médico.

“Parabéns pela conquista, companheiro Gustavo! A Educação resiste!”, disse o petista, que se prepara para voltar a governar o País em 2022.

História do ProUni

Criado em 2005 por Lula, o programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em instituições privadas de educação superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior. Até 2015, em média 69% das bolsas oferecidas eram integrais, voltadas para alunos com renda per capita de até 1,5 salário mínimo. O programa se mostra essencial para oferecer educação de qualidade para todos, buscando combater a ampla desigualdade social do país.

Economia

Bolsonaro ataca o ProUni

O governo Bolsonaro continua com o sucateamento desenfreado da educação, prejudicando cada vez mais os alunos de cursos superiores. O volume de bolsas para cursos presenciais oferecidos pelo ProUni (Programa Universidade Para Todos) permanece em queda livre, enquanto os cursos de EAD (educação a distância) seguem crescendo.

Esse tipo de curso EAD é, de maneira geral, de menor qualidade, e é criticado por conselhos profissionais. No segundo semestre deste ano, 51% das vagas para bolsas integrais são para formação à distância, em comparação com apenas 23% no primeiro semestre de 2015.

As bolsas integrais hoje representam 45% das vagas do programa, uma redução de 17% em relação a 2015. Essa queda prejudica estudantes de baixa renda, que não conseguem arcar com os custos das faculdades. Segundo especialistas, o ProUni passa por um esvaziamento de qualidade que compromete o alcance da política.

O despreparado presidente Jair Bolsonaro não cansa de menosprezar a educação no país. Ele e seus prepostos da pasta já fizeram diversos ataques às universidades federais, realizaram cortes no orçamento de instituições de ensino e consideram acabar com as ciências humanas.

Mas o retrocesso começou antes. Desde o golpe em 2016, a educação do país vem sendo prejudicada, sobretudo a partir da PEC do Teto dos Gastos, aprovada pelo golpista Michel Temer e apoiada por Bolsonaro. A proposta congela os investimentos públicos por 20 anos. De acordo com o projeto, o investimento de um ano deve ser equivalente ao do ano anterior, corrigido pela inflação.