Orientado pelo presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, o Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira (11) a degola de ao menos 5 mil funcionários e o fechamento de 361 unidades no País.
Em maio do ano passado, Paulo Guedes disse numa reunião ministerial que era preciso ‘vender essa porra’ [do Banco do Brasil].
A degola do BB se dará por meio da abertura de dois Programas de Demissão Voluntária (PDV) e, ainda no primeiro semestre, o fechamento de 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento.
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal são constantemente alvos de ataques de Guedes, representante de bancos privados no governo, porque sem a presença pública no setor bancário amplia a participação dos BTGs da vida, do Itaú, Bradesco, Santander, etc. É a prevalência da República dos Bancos no governo Bolsonaro.
O BB apresentou duas modalidades de desligamento de funcionários:
- Programa de Adequação de Quadros (PAQ), a fim de otimizar a distribuição da força de trabalho, equacionando as situações de vagas e excessos nas unidades do banco. Além da opção de desligamento, o PAQ incentiva movimentações laterais para unidades onde existam vagas.
- Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), disponível a todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos e é específico para o incentivo ao desligamento, com limite de 5 mil adesões.
Em novembro de 2020, a Caixa também anunciou um PDV. Porém a adesão ficou abaixo do esperado. O banco esperava a adesão de 7,2 mil funcionários, mas apenas 2 mil se interessaram.
Quanto ao fechamento das 361 unidades no País, o BB estima economizar R$ 3 bilhões até o ano 2025.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.