PT vai ao Supremo contra Bolsonaro e pede afastamento de chefe da Abin

Deu ruim para o presidente Jair Bolsonaro e seu araponga-mor, Alexandre Ramagem, o chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O PT acionou o Supremo Tribunal Federal contra o presidente Jair Bolsonaro pelo uso da Abin para embaraçar investigações contra senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Na terça-feira (22), o PT impetrou um mandado de segurança coletivo requerendo ao STF a imediata exoneração do diretor da Abin, Alexandre Ramagem, pelo cometimento de atos ilícitos de desvio de finalidade e abuso de poder.

Além de provocar o STF, os petistas também ingressaram nesta sexta-feira (25/12) com uma ação civil pública na Justiça Federal do Distrito Federal contra o presidente Jair Bolsonaro e o delegado da Polícia Federal e chefe da Abin, Alexandre Ramagem, com base no caso das “rachadinhas” que envolve o filho do presidente da República.

Assinam a ação “natalina” os deputados federais Enio Verri (PT-PR), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Paulo Pimenta (PT-RS) e Natalia Bonavides (PT-RN).

Sobre as “rachadinhas” e a Abin

O filho do presidente é acusado de chefiar organização criminosa no caso das ‘’rachadinhas’’ na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

A base da solicitação são reportagens das revistas “Época” e “Crusoé”, que relataram o uso de uma espécie de estrutura paralela dentro da Abin.

Economia

Sob coordenação de Ramagem, a Abin elaborou documentos informais com o objetivo de orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas”.

Os parlamentares ainda pedem a abertura de uma investigação criminal para apurar o caso. Em relação a Bolsonaro, apontam omissão sobre as denúncias feitas contra o chefe de Abin, assim como ato de improbidade administrativa.

Os parlamentares denunciam a omissão e alertam para a continuidade do uso da Abin para objetivos alheios às suas atividades.

“Nesse sentido, o afastamento de Alexandre Ramagem, por ser medida da mais alta relevância para assegurar a moralidade pública, é medida que se impõe, notadamente em razão da sua predisposição para a manipulação e uso de meios escusos que possam servir de suporte à defesa do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, de modo a favorecê-lo, pessoal e materialmente para que se livre do alcance da lei e da justiça”, argumentam os parlamentares do PT.