Moro vai se filiar no Podemos para disputar com Bolsonaro em 2022

Em setembro passado, o Blog do Esmael registrou em primeira mão que o ex-ministro Sergio Moro cogitava se filiar no Podemos para disputar a Presidência da República em 2022.

Pois bem, amadurecida a ideia, Moro decidiu ingressar na agremiação do senador Alvaro Dias (Podemos-PR), para bater chapa com o presidente Jair Bolsonaro daqui a dois.

A senha foi dada há dois dias, quando Moro perguntou pelo Twitter se tinha presidente em Brasília. “Tem presidente em Brasília?”, questionou, ao criticar a demora da vacinação no País.

Se tudo der errado no plano nacional —‘Que Deus nos livre e guarde’, dizem os lavajatistas– Sergio Moro poderá concorrer ao governo do Paraná, contra o atual mandatário estadual Ratinho Junior (PSD).

Alvaro sonha em permanecer no Senado. Ele precisa renovar o mandato em 2022. Por isso precisa de um motivo político para continuar no cargo em Brasília. A tática visa afastar uma possível –e anunciada– candidatura do procurador Deltan Dallagnol ao Senado [só haverá uma vaga em disputa na eleição vindoura].

O ex-juiz Sergio Moro estuda se filiar em março de 2021, após o Carnaval, e tentará se viabilizar como candidato da extrema direita. Ele se chocará com o eleitorado de Bolsonaro, por um lado, e com a centro-direita, representada por Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tem ojeriza ao ex-carrasco da Lava Jato.

Economia

O Podemos também trabalha pela cooptação do ex-governador Beto Richa, que irá concorrer à Câmara. O problema é que o tucano acredita que Moro foi seu algoz na força-tarefa para beneficiar a eleição dos senadores Flavio Arns e Oriovisto Guimarães, em 2018. Mas a ‘turma do deixa disso’ já está atuando nos bastidores –como sempre.

A filiação e a pré-candidatura de Moro tem como objetivo, também, limpar a imagem do ex-juiz. Recentemente, Sergio Moro se associou a uma firma de advocacia. Na carteira de clientes da nova sócia está a Odebrecht, que ele, na 13ª Vara Federal de Curitiba, sentenciou e condenou adversários políticos e ideológicos com base em delações sem provas de executivos da empreiteira.