EUA aprovam auxílio emergencial de R$ 10,5 mil para cada adulto enquanto no Brasil…

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votou no início da noite desta segunda-feira (28) a favor do aumento do estímulo individual [auxílio emergencial] de US$ 600 para US$ 2.000, equivalente a R$ 10,5 mil, endossando uma medida pedida pelo presidente Donald Trump e por senadores republicanos para ou aprovar a quantia maior ou contestar o presidente, cuja exigência por pagamentos maiores quase afundou todo o pacote de estímulo.

Enquanto isso, no Brasil, o auxílio emergencial de apenas R$ 300 se extingue nesta terça-feira (29). Até agora, o presidente Jair Bolsonaro tem sido reticente sobre prorrogar e ampliar a ajuda para os mais vulneráveis.

Voltemos ao exemplo dos EUA, que vai pagar auxílio emergencial de R$ 10,5 mil por mês.

A votação, que alcançou apenas a maioria de dois terços necessária para passar na Câmara, veio um dia depois de Trump finalmente assinar um pacote de auxílio de US$ 900 bilhões que ele inicialmente denunciou como uma “desgraça” e se recusou a assinar, exigindo inesperadamente que os legisladores mais que triplicassem os pagamentos diretos aos cidadãos de baixa renda.

“O presidente dos Estados Unidos apresentou isto como algo que ele quer ver e parte de ele ter assinado a lei ontem”, disse a presidente da Câmara, Nancy Pelosi. “Espero que essa opinião seja compartilhada pelos republicanos do Senado, porque vamos aprovar esta lei hoje.”

A legislação, aprovada por 275 votos a favor e 134 contra, teve o apoio de 44 deputados republicanos.

Economia

Ao assinar a lei de auxílio no domingo à noite, Trump declarou em um comunicado que o Senado “iniciaria o processo de votação” sobre a legislação que aumentaria os pagamentos diretos e prometeu que “virá muito mais dinheiro”.

Mas não está claro se o Senado vai apoiar tal medida. Os senadores republicanos resistiram a aumentar os pagamentos, citando preocupações sobre o deficit orçamentário federal, e o senador Mitch McConnell, do Kentucky, líder da maioria, em um comunicado no domingo, não fez menção aos pagamentos de US$ 2.000 ou a qualquer das afirmações do presidente sobre os próximos passos da câmara alta, que ele controla.

Os deputados republicanos ficaram visivelmente frustrados com o pedido. Alguns dos aliados mais próximos do presidente, incluindo os deputados Steve Scalise, da Louisiana, o republicano nº 2, e Jim Jordan, de Ohio, votaram contra a medida, e Kevin Brady, do Texas, o principal republicano na Comissão de Meios e Medidas, queixou-se no plenário da Câmara de que a proposta foi “jogada para nós apressadamente no último minuto” e não ajudaria os mais necessitados.

“Temo que esse aumento de US$ 463 bilhões não faça o que é necessário, estimular a economia ou ajudar os trabalhadores a voltar ao trabalho”, disse Brady.

Com informações do The New York Times.