A taxa básica de juros, a Selic, deve ser mantida em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). O colegiado se reúne hoje para definir esse índice.
A disparada da inflação nada tem a ver com essa taxa de juros porque não há explosão de consumo. Pelo contrário. A volta hiperinflação, que corrói o poder de compra do salário, é resultado da depressão econômica detonada pelo desemprego, falência de empresas e os erros das reformas da previdência e trabalhista.
As instituições financeiras, especuladores e rentistas apostam na manutenção da taxa em 2% ao ano, no menor nível da história, porque eles buscaram uma nova maneira de remuneração de sobras de caixa pelo Banco Central.
A concordância dos banqueiros e demais abutres se explica com a atuação diária do Banco Central –por meio de operações de mercado aberto-– comprando e vendendo títulos públicos federais para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião. Ou seja, as reservas do tesouro são queimadas para sustentar as lombrigas do sistema especulativo.
O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro.
No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.