Reprovação de Bolsonaro disparou em 23 capitais, diz pesquisa Ibope

Não foi nenhum altruísmo que afastou do presidente Jair Bolsonaro das eleições no segundo turno. Pelo contrário. Os aliados é que pediram “por favor” para ele ficasse longe da disputa nas 57 cidades que terão a disputa neste domingo (29).

Avaliação negativa de Bolsonaro aumentou em 23 das 26 capitais brasileiras, segundo o Ibope. O destaque é para Salvador (BA) onde o presidente só tem 15% de aprovação. O percentual de ruim e péssimo dele é de 66%.

Nesse quesito da avaliação negativa, o instituto de pesquisa tem razão: os aliados têm que esconder Bolsonaro no segundo turno; o presidente ganhou a fama de “Mick Jagger” porque todos os candidatos dele perderam a eleição no primeiro turno –uma tragédia da Patagônia aos Estados Unidos.

O agravamento da crise econômica, as altas taxas de desemprego e a disparada da inflação, consequências, entre outras coisas, da política econômica desastrada do governo, mas, especialmente, da redução do auxílio emergencial durante a pandemia do novo coronavírus de R$ 600 para R$ 300, derrubaram a avaliação positiva do governo do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) em 23 das 26 capitais brasileiras, entre os meses de outubro e novembro, durante as Eleições Municipais de 2020.

Ruim ou péssimo

Em 12 capitais, o número de entrevistados que avaliam a gestão de Bolsonaro como “ruim e péssima” subiu acima da margem de erro, que varia de três a quatro pontos percentuais, para cima ou para baixo, dependendo do município.

Os campeões em avaliação negativa de Bolsonaro são os soteropolitanos. Em Salvador (Bahia) o percentual de ruim e péssimo do presidente é de 66%.

Economia

São Luís (MA), onde a rejeição subiu de 46% para 57%, e Curitiba (PR), com aumento de dez pontos percentuais, de 34% para 44%, foram as capitais onde a avaliação negativa do governo Bolsonaro mais subiu entre outubro e novembro.

O levantamento, feito pelo jornal O Globo, comparou a primeira pesquisa do Ibope no período eleitoral com a mais recente em cada uma das cidades. O instituto tem medido a aprovação e a rejeição à gestão de Bolsonaro quando faz os levantamentos de intenção de voto para as prefeituras, diz o jornal.

De acordo com a comparação, nas 23 cidades onde Bolsonaro teve a aprovação reduzida, em 14 a queda foi além da margem de erro. Não houve aumento do índice de aprovação de Bolsonaro em nenhuma capital do país se considerada a margem de erro.

Em sete capitais, Bolsonaro tem mais de 50% de avaliação negativa: além de São Luís, onde 57% da população reprovam seu governo, estão Porto Alegre, (56%), São Paulo (54%), Recife, (52%), Aracajú (51%) e Florianópolis (50%).

Em oito capitais, os percentuais de ruim e péssimo estão bem acima dos 40%: Teresina, (48%), Vitória (47%), Fortaleza, (46%), Belo Horizonte (45%) Curitiba (44%), Belém (44%), Rio de Janeiro (43%) e João Pessoa (43%).

Em outras dez capitais, Bolsonaro é reprovado com índices superiores a 30%: Maceió (39%), Natal (39%), Campo Grande (36%), Goiânia (35%), Rio Branco (35%), Manaus (32%), Cuiabá (32%), Palmas (32%), Porto Velho (31%) e Macapá (30%).

De acordo com O Globo, a maior redução de avaliação “boa e ótima” do governo Bolsonaro ocorreu em João Pessoa (PB) onde o índice foi de 43% para 30%, entre outubro e novembro. Em seguida no ranking estão as capitais da região Norte, como Manaus (AM) — de 54% para 42% —, onde o candidato apoiado pelo presidente à Prefeitura, Coronel Menezes (Patriota), ficou apenas em quinto lugar.

Segundo o jornal O Globo, o menor índice de reprovação foi constatado em Boa Vista (18%). Já em Rio Branco (AC) a aprovação continua alta, apesar da queda, de 48% para 39%.

Já em 12 capitais não houve variação no índice de aprovação, considerando a margem de erro. No Rio e em Macapá, a avaliação “ótima e boa” continuou a mesma, de 34% e 42%, respectivamente. Em Aracaju (SE), o percentual passou de 25% para 28%, mas ficou dentro da margem de erro. No caso da capital sergipana, a comparação foi feita entre uma pesquisa divulgada em 11 de novembro e outra do último dia 20. O Ibope não questionou a avaliação do governo Bolsonaro nos levantamentos feitos ao longo de outubro.

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