Ratinho aproveita pandemia para fechar escolas tradicionais de Curitiba

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD) intensifica os ataques à educação neste final de ano e durante o período de pandemia. Em documento assinado na última sexta-feira (20), a Secretaria de Estado da Educação e Esportes (Seed) orienta ao Núcleo Regional de Curitiba (NRE), o fechamento de 7 escolas, dificultado o acesso de estudantes em colégios tradicionais de Curitiba. A denúncia é da APP-Sindicato que se posiciona contra o fechamento de escolas e denuncia que a medida precariza ainda mais a educação pública.

Sem escutar professores, funcionários de escola, estudantes, pais e a comunidade escolar, o governo Ratinho argumenta que irá “otimizar” prédios escolares, porém ele vai aprofundar a política de redução de cortes na educação pública, contrariando a necessidade de investimento na pasta.

A direção estadual da APP-Sindicato aponta que o fechamento destas escolas interferem na gestão democrática da educação pública e destaca que todo fim de ano, o governo apresenta a mesma proposta.

De acordo com a entidade sindical do magistério, o governo mais uma vez atropela o debate e interfere na gestão democrática das escolas, penalizando estudantes que necessitam dessas escolas para dar continuidade aos seus estudos.

“Ratinho Jr. desaloja escolas tradicionais, com história, fechando essas instituições de ensino em vez de implantar escolas em tempo integral, já que que o governo alega que existe espaço ocioso. A ampliação da carga horário nestas escolas poderia atender os pais e melhorar a qualidade de ensino dos alunos. Somos contra o fechamento de turmas e escolas e o governador deveria ampliar a qualidade e a oferta”, comunicou a secretária Educacional, Tais Mendes.

A APP-Sindicato ressalta que tomará medidas para evitar o fechamento de escolas e resistir ao sucateamento da educação, que se acentuou no governo Ratinho Junior e salienta que a gestão não pode tratar a educação como custo adicional.

Economia

Greve de fome de educadores

Educadores paranaenses estão em greve de fome há sete dias contra o governo de Ratinho Junior. Eles são denunciam uma pauta de desmonte do ensino público e o negacionismo da administração estadual, que, desconsiderando o aumento de casos de covid no Paraná, convocou um “provão” com 50 mil pessoas para selecionar professores e funcionários de escolas pelo sistema simples de contratação (PSS).

O certame que coloca em risco os educadores será realizado no próximo dia 13 de dezembro.

Nesta quinta-feira, dia 26, a APP-Sindicato realizará uma assembleia geral online para discutir os próximos passos da categoria. Os educadores estuam a proposta de levantar a bandeira “Fora Ratinho” durante o evento estadual.

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