Caixa Econômica Federal anuncia a demissão de 7,2 mil funcionários

A Caixa Econômica Federal (CEF), em processo de desmonte conduzido pelo governo Bolsonaro, pretende reduzir o quadro funcional do banco com a demissão de 7.200 funcionários até 31 de dezembro. O banco público implantou um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV), iniciado na segunda-feira (9), informou a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).

O plano é destinado aos funcionários que se aposentaram antes de 13 de novembro de 2019, os que estão aptos a se aposentarem até 31 de dezembro ou funcionários que tem 15 anos ou mais de trabalho na instituição.

Para o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, a medida esvazia ainda mais o banco público, uma vez que a direção segue demitindo empregados sem a reposição de novos funcionários. Segundo a entidade, o déficit na Caixa chega a 17 mil trabalhadores. “Nessa pandemia vimos a importância da Caixa. Os empregados fizeram um grande trabalho e mostraram que a Caixa é imprescindível. Mas os trabalhadores estão cansados, a jornada está exaustiva e a falta de trabalhadores também agrava a situação”, afirmou.

Para Takemoto, as dispensas vão prejudicar não só os trabalhadores que permanecerem, mas também o atendimento à população, sendo o banco o principal responsável para o pagamento de benefícios sociais do governo, como o auxílio emergencial e outros.

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Além das dispensas, em doze meses o banco fechou 713 agências. “Esses enxugamentos produzem impacto direto na ponta: os bancários com sobrecarga de trabalho e a população sofrendo com as filas registradas no pagamento do auxílio e de outros benefícios, por exemplo”, ressalta o presidente da Fenae.

A CEF é a responsável pelo crédito habitacional e financiamento de moradias populares, financiamento de créditos para a agricultura familiar, pequenas e micro empresas, e opera os recursos para o Financiamento Estudantil (Fies), entre outros programas sociais.