O bolsonarista Rodrigo Constantino atravessa as sucessivas fases dos círculos do inferno midiático após uma defesa empolgada dos estupradores da jovem Mariana Ferrer em uma live. Após a rádio Jovem Pan, Record TV e jornal Correio de Porto Alegre, o comentarista Rodrigo Constantino também foi demitido da rádio Guaíba.
“Diante dos fatos recentes e em sintonia com a decisão tomada pelo Grupo Record, a Rádio Guaíba e o jornal Correio do Povo optaram por rescindir o contrato com o colunista Rodrigo Constantino, que ocupava espaços semanais na rádio e também no jornal”, anunciou o Correio do Povo em sua página oficial no Facebook.
As sucessivas demissões foram motivadas por uma intensa pressão nas redes sociais contra a fala de Constantino, que chocou a opinião pública.
O caso ganhou mais destaque com a matéria do The Intercept Brasil que mostrou a humilhação de Mariana durante o julgamento de seu caso em Santa Catarina. As imagens do “julgamento” geraram uma intensa e imediata onda de protestos em todo o país.
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No vídeo, o comentarista disse que colocaria a filha de castigo caso ela fosse estuprada. Também afirmou que as feministas são “recalcadas, ressentidas, normalmente mocreia, vadia, odeia homem, odeia união estável, odeia casamento”. Uma generalização misógina e de caráter reacionário, de cunho machista.
Apenas o ex-jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, ainda resiste com a manutenção de Constantino em sua equipe de articulistas. Nas redes sociais, segue a pressão contra o site curitibano.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.