O quartel da Saúde de Bolsonaro recuou da compra das 46 milhões de doses da vacina chinesa Coronavac após o chilique de Bolsonaro pelas redes sociais.
Nesta quarta-feira pela manhã, especulava-se que o ministro general Pazuello poderia deixar o ministério após ser desautorizado pelo presidente. Mas o general preferiu engolir o sapo e o secretário executivo da pasta, Elcio Franco entrou em campo para dizer que o dito não foi dito.
Elcio realizou pronunciamento pela TV Brasil para “prestar esclarecimentos sobre a carta de intenções para aquisição da vacina do Butantan-Sinovac/Covid-19”.
Confira:
“Qualquer vacina, quando estiver disponível, certificada pela Anvisa, e adquirida pelo Ministério da Saúde, poderá ser oferecida aos brasileiros por meio do Programa Nacional de Imunizações, e no que depender desta pasta, não será obrigatória”, informou o secretário.
Ora, isso tudo é mais que óbvio. Acontece que a vacina chinesa está mais avançada que a de Oxford, da qual o governo Bolsonaro já se comprometeu a comprar 100 milhões de doses.
Mas o próprio secretário confirmou que foi “assinado um protocolo de intenção entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, sem caráter vinculante, por se tratar de um grande parceiro do Ministério da Saúde na produção de vacinas para o Programa Nacional de Imunizações.”
E, segundo ele é “mais uma inciativa para tentar proporcionar vacina segura e eficaz para a nossa população, neste caso como uma vacina brasileira”.
O questão é que o Instituto Butantan, vinculado ao governo de São Paulo, vai produzir a vacina chinesa e não outra. E Bolsonaro não quer a vacina chinesa porque ela vem de um país comunista, pelas mãos de um governador desafeto, que é João Doria (PSDB). O resto é balela.
Com informações da Agência Brasil.
Relembrando:
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.