A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) fez uma breve lista da corrupção a qual Bolsonaro jura que não existe em seu governo.
Sim, breve, pois seria bem maior se considerasse as ações dos ministros, as tentativas de interferência na Polícia Federal, na PGR, e até no Supremo Tribunal Federal. Ainda tem o toma-lá-dá-cá da reforma da Previdência, o favorecimento de aliados, o nepotismo, etc, etc, etc…
Mas, vejamos a lista de Perpétua:
- Dobrou gastos c/ cartões corporativos sigilosos;
- Depósitos na conta da 1ª dama, feito por miliciano;
- Desvio de 7,5 milhões dos testes de Covid p/ programa da 1ª dama;
- Recursos públicos p/ financiar gabinete do ódio;
- Cocaína transportada no avião presidencial;
- Rachadinha, milícia…
Dobrou gastos c/ cartões corporativos sigilosos
Depósitos na conta da 1ª dama, feito por miliciano
Desvio de 7,5 milhões dos testes de Covid p/ programa da 1ª dama
Recursos públicos p/ financiar gabinete do ódio
Cocaína transportada no avião presidencial
Rachadinha, milícia… pic.twitter.com/3alJxc1VTz— Perpétua Almeida (@perpetua_acre) October 8, 2020
Piadista, Bolsonaro diz que acabou com a Lava Jato porque não há corrupção no governo
O presidente Bolsonaro está aproveitando seus apoiadores, assessores e puxa-sacos em geral para ensaiar seu show de comédia.
A piada mais recente ele contou nesta quarta-feira: “Acabei com a Lava Jato porque não tem mais corrupção no governo”.
Ninguém riu, mas os assessores da claque puxaram o aplauso para o chefe não ficar no vácuo.
Erica Kokay compartilhou um trecho do vídeo e comentou:
“Com cinismo e deboche, Bolsonaro diz que acabou com a Lava Jato pq “não tem mais corrupção no governo”. A Lava Jato nunca foi contra a corrupção, sempre foi um instrumento para perseguir o PT e levar a direita ao poder. Por isso, Bolsonaro diz isso e nada acontece!”
Com cinismo e deboche, Bolsonaro diz que acabou com a Lava Jato pq “não tem mais corrupção no governo”. A Lava Jato nunca foi contra a corrupção, sempre foi um instrumento para perseguir o PT e levar a direita ao poder. Por isso, Bolsonaro diz isso e nada acontece! pic.twitter.com/ousWDMsm2j
— Erika Kokay (@erikakokay) October 7, 2020
A Lava Jato na verdade nunca foi sobre corrupção; mas, uma vez que tiraram Lula do cenário, era preciso frear a sanha punitivista para que a força-tarefa não atingisse o centrão, que agora é o grupo político de Bolsonaro.
‘A República de Curitiba deu na República da Tubaína’, diz Flávio Dino
Gleisi Hoffmann vê “tapetão” no Supremo Tribunal Federal
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), se fosse usar um termo do futebol, diria que o Supremo Tribunal Federal (STF) levou para o “tapetão” os julgamentos em andamento na corte.
“Tapetão” no mundo da bola significa que o perdedor perde em campo e busca meios para sair vitorioso a qualquer custo. É o símbolo da falta “fairplay” –a ética no esporte.
Pois bem, a dirigente petista disse que o Supremo surpreende outra vez sobre julgamento de ações penais. Ele se refere às alterações no regimento interno do STF, que retirou as ações penais da Segunda Turma e as levou para o plenário da corte.
“É a Justiça mudando a regra do jogo com o jogo em andamento”, criticou Gleisi.
“Não é por este caminho qie o Judiciário brasileiro vai recuperar a credibilidade perdida com as ações da Lava jato contra o Lula”, declarou a presidenta do PT.
Gleisi Hoffmann pediu “mais justiça e menos casuísmo” no STF.
Plenário do STF irá julgar suspeição de Sérgio Moro; atribuição era da Segunda Turma
URGENTE: PT pede intervenção do TSE nas televisões durante as eleições
Lula diz que ‘não vai fugir para os EUA’ em referência a Moro
Candidato do PT Paulo Opuszka vira “Paulo Fusca” na periferia de Curitiba
STF: Deram o golpe no indicado do Bolsonaro
A guerra de barragem contra o desembargador Kassio Marques, antes dele assumir o STF, tinha um objetivo estratégico: tirar do indicado do presidente Jair Bolsonaro a possibilidade de decidir processos polêmicos como aquele que pede a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro.
A crônica da mídia corporativa intensificou os ataques ao futuro novo ministro, ora passando a lupa em seu currículo acadêmico, ora nas votações no TRF1, ora nas suas companhias pretéritas. Mas o foco político era único: fazê-lo baixar a crista e deixá-lo acoelhado, sem muito o que fazer no Supremo.
Kassio Marques foi indicado pelo presidente Bolsonaro para a vaga do decano Celso de Mello, que vai se aposentar no próximo dia 13.
A sabatina do indicado será no dia 21 de outubro, no Senado, com transmissão ao vivo do Blog do Esmael.
O temor da velha mídia corporativa era que Marques herdasse processos como aquele sobre a suposta interferência do presidente na Polícia Federal, uma bobagem, diga-se de passagem, porém tem servido de palanque para Moro.
Nessa fofoca da PF, a Globo defende que o processo seja redistribuído entre os ministros da corte.
Quanto ao julgamento da suspeição de Moro, em sede de habeas corpus, impetrado pelo ex-presidente Lula, a vaca já foi para o brejo. O plenário do STF chamou para si todas as ações penais que corriam nas turmas, inclusive as da Segunda Turma, que analisava as da Lava Jato.
Resumo da ópera: deram o golpe no indicado do Bolsonaro.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.