Folha apoia Papa na questão dos gays em editorial, mas jornal continua bolsonarista na economia

O jornal Folha de S. Paulo, em editorial, mostra neste domingo (25) quão os jornalões brasileiros são medíocres. Na página 2, a publicação desce elogios à posição do Papa Francisco em relação aos gays enquanto, no dia a dia, a empresa de comunicação nega o Santo Padre na economia. A Folha prefere o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Pontífice nas questões econômicas.

Para o jornalão paulistano, sem mudar a doutrina, as declarações do Papa Francisco aproximam a igreja da realidade –ao introduzir tabus como casamento gay, aborto ou o divórcio.

“Não é algo cuja importância deva ser desprezada. Hoje, apenas 28 nações permitem a união homoafetiva, quase todas nas Américas, incluindo o Brasil, e na Europa”, escreve a Folha, que sintoniza-se à agenda de costumes do Papa Francisco, mas, o jornalão, mantém seu cordão umbilical com o bolsonarismo na questão econômica.

O Papa já disse várias vezes que ‘é impossível servir ao mesmo tempo a Deus e a Mamom’ –cujo provérbio bíblico é repetido exaustivamente pelo ex-senador Roberto Requião (MDB-PR).

Entretanto, a Folha faz isso hoje no editorial: serve a Deus e a Momom ao mesmo tempo.

A luta gay merece todas as homenagens e apoios. Trata-se de um marco civilizatório o posicionamento do Papa Francisco e, consequentemente, da Igreja Católica Apostólica Romana. Mas não é de menor importância os posicionamentos do Pontífice em relação à economia, à ganância, à cobiça, à avareza e ao diabólico enriquecimento às custas do sofrimento alheio.

Economia

O posicionamento da Folha de S. Paulo, em editorial, é um posicionamento anticristo. Prefere o dinheiro, Mamom, o devorador de almas, a solidariedade, a um sistema econômico mais justo e sustentável defendido pelo Papa.

No ano passado, antes desse gol na questão dos homossexuais, Francisco discorreu sobre a economia numa carta aos jovens: “… estudar e praticar uma economia diferente, que faz viver e não mata, inclui e não exclui, humaniza e não desumaniza, cuida da criação e não a depreda. Um evento que nos ajude a estar juntos e nos conhecer, e que nos leve a fazer um ‘pacto’ para mudar a atual economia e dar uma alma à economia do amanhã.”

Portanto, conclui-se, Folha e Bolsonaro, juntos, são os adoradores de Mamom, anticristos, os verdadeiros cristofóbicos.

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