Construção de autódromo em área de Mata Atlântica mobiliza redes sociais

O projeto de construção do novo autódromo do Rio de Janeiro se tornou alvo de uma petição online, que mobilizou as redes sociais nesta terça-feira.

A petição quer impedir a construção da pista de corrida seja construída em área de Mata Atlântica, conhecida por Floresta do Camboatá.

Segundo especialistas, é uma das últimas áreas do Estado do Rio com este tipo de ecossistema. “Precisamos da ajuda de todos que amam a natureza, pois não queremos um autódromo nesta região”, diz um dos trechos da petição.

Pelos planos do presidente Bolsonaro (sem partido) e do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos) o autódromo iria receber o GP do Brasil de Fórmula 1 a partir de 2021.

A hashtag #BrazilSaysNoToDeforestation foi criada para mobilizar mais interessados no assunto.

Confira o texto da petição on line:

Economia

SOS FLORESTA DO CAMBOATÁ – DIGA NÃO AO AUTÓDROMO NO RIO DE JANEIRO

Precisamos impedir, de todas as formas, a destruição de uma reserva ambiental fabulosa, com inúmeras espécies árvores, animais e plantas, algumas, inclusive, em extinção. Não podemos permitir o grande impacto da construção de um autódromo nesta região única.

POR QUE ISSO É IMPORTANTE?
Nós, humanos, e também os animais, sofremos com o impacto da poluição do ar, poluição sonora e com a alteração do clima, onde uma das causas da elevação da temperatura é o desmatamento. A Floresta de Camboatá, em Deodoro, é o último lugar de Mat Atlântica de áreas planas do Município do Rio de Janeiro, com nascentes e áreas úmidas, onde no período de cheias ressurgem os peixes rivulídeos, conhecidos como peixes das nuvens – por reaparecem com as chuvas. E ela precisa ser protegida!

Precisamos da ajuda de todos que amam a natureza, pois não queremos um autódromo nesta região. Eu e meu grupo ecológico, mais outras pessoas de outros grupos, estamos completamente envolvidos a favor desta floresta, que representa muito para nós.
Existem outras áreas do exército, próximas à Deodoro, que já foram degradadas anteriormente, desde o Pan Americano, em 2008, que podem ser utilizadas para a construção do autódromo, e que causariam menos impacto do que a construção na Floresta de Camboatá.

Trata-se de uma região única, com um ecossistema equilibrado, que pode desaparecer se sofrer as intervenções necessárias para a instalação do autódromo.
Por isso, por ser único, este paraíso ecológico, pedra preciosa, tesouro ambiental, precisa ser preservado!

Existe respaldo de pesquisadores do Instituto Jardim Botânico, que conhecem bem o local, e desde a década de 80 desenvolvem pesquisas e coletas de sementes nativas raras de Mata Atlântica, para enriquecer a diversidade ambiental do próprio Jardim Botânico do Rio de Janeiro com plantas raras, ameaçadas de extinção.

Acesse a petição aqui.

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