Chile aprova em plebiscito nova Constituição

Os chilenos aprovaram no plebiscito deste domingo (25), por ampla maioria, a realização de uma nova Constituição. De acordo com apuração parcial, cerca de 80% da população do Chile votou pela nova Carta Magna.

A atual Constituição do Chile foi herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Uma nova Constituição foi uma das principais exigências dos manifestantes envolvidos nos protestos sociais inéditos que irromperam em outubro do ano passado contra a desigualdade e o elitismo. Um acordo para um referendo pluripartidário resultou dos protestos em dezembro.

O jornais chilenos relatam que a ansiedade tomou conta dos partidos e do governo já no início da apuração dos primeiros resultados oficiais do referendo.

Segundo a apuração das urnas, 90% dos chilenos que votaram no exterior escolheram aprovar a nova Constituição.

O presidente do Serviço Eleitoral, Patricio Santamaría , fez um balanço da jornada do plebiscito e afirmou que tem a “impressão” de que “vamos superar a maior votação que tivemos nos últimos oito anos”. A participação no plebiscito será a “maior desde 2012, quando foi estabelecido o voto voluntário”.

Economia

O ex-presidente Ricardo Lagos disse após a votação: “Estamos aqui pela primeira vez perante a possibilidade de todos os chilenos elaborarem a Constituição que desejamos”, ao se referi ao plebiscito histórico.

Milhares de pessoas se reúnem neste momento na Plaza Baquedano, onde agitam bandeiras e lançam fogos de artifício para manifestar em comemoração do resultado favorável à elabora de uma nova Constituição do Chile.

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