Bancos conspiram contra os mais pobres e o auxílio emergencial, diz Estadão

O Estadão destaca nesta terça (6) que os bancos estão chantageando o governo para que mais direitos sejam retirados dos mais pobres. Isso não quer dizer que o jornalão paulistano discorde dessa tática dos banqueiros. Pelo contrário.

Primeiramente um esclarecimento: o que é bom para os bancos, é péssimo para os brasileiros e para o Brasil.

Estadão, Globo, et caterva –a velha mídia corporativa– se uniram a Bolsonaro e Paulo Guedes. A bola da vez são os cerca de 1 milhão de servidores públicos. Os bancos querem liquidar esses trabalhadores para ficar com seus salários e prestar serviços essenciais ‘privatizados’.

Eles chantageiam o governo e tentam atraí-lo para uma conspiração contra os mais pobres e os mais vulneráveis, ao invés de sugerir a taxação das grandes fortunas e os lucros das empresas.

Citando o Credit Suisse, o Estadão afirma que o Brasil não terá uma recuperação em “V” e que há risco de agravamento da crise fiscal. E daí?, como diria Bolsonaro.

“A tensão no mercado aumentou com impasse em torno do financiamento do Renda Cidadã, pensado para substituir o Bolsa Família, mas com alcance e valor médio maiores do que o programa social criado na gestão petista”, revelou o jornal.

Economia

Globo ataca supostos “supersalários” de servidores públicos para financiar Renda Cidadã

A burguesia financeira, com apoio da mídia corporativa, não quer que o povo como e não deseja que o governo socorra os mais vulneráveis, porém os conglomerados de comunicação e os bancos querem ficar com essa fatia do orçamento.

Eles até topam conceder parte do bolo para os mais pobres, desde que outros pobres paguem a conta. Os bodes expiatórios escolhidos foram os servidores públicos e seus supostos “supersalários” fabricados pelas mentes malignas.

O Estadão ainda entrega a sua preocupação: “O sinal vermelho acendeu com o racha no governo sobre a flexibilização do teto de gastos (regra que proíbe que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação) para acomodar entre R$ 20 bilhões e R$ 35 bilhões em novas despesas.” 

O “chapéu” da matéria é autoexplicativa, porém sob o ponto de vista dos bancos: “a criação de novos gastos sem revisão de despesas pode tornar ainda mais difícil a tarefa do governo de financiar seu déficit; projeções apontam dívida bruta superior a 100% do PIB.”

A proposta do Blog do Esmael para financiar o Renda Cidadã, o substituto do Bolsa Família, é taxar as grandes fortunas e os lucros das empresas.