Banco Mundial: 115 milhões serão jogados na extrema pobreza até 2021

Estudo do Banco Mundial aponta que a crise econômica em curso, agravada pelo Sars-CoV-2, pode levar até 115 milhões de pessoas à pobreza extrema até o final de 2021.

Em seu relatório bienal sobre o assunto, o banco disse que 88 milhões a 115 milhões de pessoas cairão na pobreza extrema – definida como viver com menos de US$ 1,90 por dia – este ano. Eliminando mais de três anos da pequena marcha na redução da pobreza.

As novas vítimas da pobreza extrema estão em países que já têm altas taxas de pobreza, mas cerca de 82% deles estão em países de renda média, onde a linha de pobreza é definida como uma renda de US$ 3,20 por dia.

América Latina e África serão as regiões afetadas com o novo avanço da pobreza. Enquanto isso, os ricos continuam mais ricos, inclusive durante a pandemia.

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Cesta básica têm alta generalizada em setembro segundo o Dieese

Os preços da cesta básica coletados pelo Dieese subiram, em setembro, nas 17 capitais pesquisadas. Em alguns estados a alta foi de quase 10%.

Os dados são da da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo DIEESE. Os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta (conforme Decreto-lei 399/38) durante um mês, aumentaram em todas as capitais pesquisadas.

As maiores altas foram registradas em Florianópolis (9,80%), Salvador (9,70%) e Aracaju (7,13%). Na cidade de São Paulo, o aumento foi de 4,33%.

Com base na cesta mais cara, que, em setembro, foi a de Florianópolis (R$ 582,40), o DIEESE estima que o Salário Mínimo Necessário deveria ter sido equivalente a R$ 4.892,75, o que corresponde a 4,68 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00.

O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em agosto, o valor foi estimado em R$ 4.536,12 ou 4,34 vezes o piso vigente.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em setembro, na média, 51,22% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em agosto, o percentual foi de 48,85%.

Enquanto o povo fica sem dinheiro nem para o básico, Bolsonaro corta o auxílio emergencial e dá uma banana para a população.

*Com informações do Dieese e Rede Brasil Atual