Uma declaração do deputado Rodrigo Amorim (PSL-RJ), partido do presidente Bolsonaro, causou mal estar internacional por unir preconceito contra os índios e contra os bolivianos.
O deputado direitista disse que “quem gosta de índio, que vá para a Bolívia, que além de ser comunista ainda é presidida por um índio”.
Ou seja, numa só frase ele agrediu os índios, quem tem simpatia por suas civilizações, os bolivianos e os comunistas.
Rodrigo Amorim foi um dos protagonistas da quebra da placa em homenagem a Marielle Franco durante a campanha eleitoral.
O presidente da Bolívia Evo Morales, que é de origem indígena, rebateu a grosseria.
“Lamentamos o ressurgimento da ideologia de supremacia racista. Perante a intolerância e a discriminação, nós povos indígenas promovemos o respeito e a integração. Temos os mesmos direitos porque somos filhos da mesma Mãe Terra.” Escreveu Morales pelo Twitter.
Lamentamos resurgimiento de ideología de supremacía racista (KKK), como réplica de xenofobia de gobierno de #EEUU. Ante intolerancia y discriminación, los pueblos indígenas promovemos respeto e integración. Tenemos los mismos derechos porque somos hij@s de la misma Madre Tierra.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) 5 de janeiro de 2019
O ex-presidente boliviano Carlos Mesa também criticou a grosseria: “Declaração revoltante de deputado brasileiro ofende a Bolívia e não expressa a irmandade de nossos povos. Diferenças ideológicas entre governos não justificam tal afirmação. O indígena é parte essencial de nossas identidades e nossa força como nação”.
Com informações do UOL.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.