O Antagonista surta com os bolsonaristas nas redes sociais; confira agora

Convertido ao lavajatismo, o site de extrema direita O Antagonista começou a provar do veneno do bolsonarismo –que apoiou contra o PT nas eleições de 2018.

Nas redes sociais, os editores do site Antagonista, que também editam a revista eletrônica Crusoé, agora chutam a boca dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o Dudu Bananinha, de acordo com a página, é associado aos “vagabundos” que retuitam a planilha mostrando O Antagonista recebendo dinheiro da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República).

“Outro vagabundo bolsonarista retuitado por Eduardo Bolsonaro, o Dudu Bananinha”, escreveu no Twitter o site de extrema direita, ao referir-se a Italo Lorenzon, fundador do site bolsonarista Terça Livre, que lembrou do passado dos “Antas”.

“A famosa planilha da Secom, usada pela Campos Mello para acusar o Terça Livre de receber dinheiro público (35 reais), mostra repasses MUITO maiores ao @o_antagonista, à @revistaforum e ao @DCM_online”, comparou Italo.

Na defensiva, o site O Antagonista prometeu devolver centavo por centavo investido pelo Palácio do Planalto em mídia programática.

Economia

“A escumalha bolsonarista está divulgando que O Antagonista recebeu dinheiro da Secom, via mídia programática (Google)”, reagiu o site lavajatista. “Não importa a quantia, ela será devolvida”, registrou a página, indicando o valor de apenas R$ 49,09. “O governo também será comunicado formalmente para que nunca mais tente anunciar no site.”

Resumo da ópera: os moços de extrema direita, lavajatistas e bolsonaristas, perderam o foco; ambos são alvos da velha mídia corporativa que quer concentrar também, além da informação, os anúncios da mídia programática digital.

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Alexandre de Moraes poupa de criticas as fake news da Globo e da Folha

Os barões da velha mídia estão em festa com a declaração do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a suposta milícia digital usada para “lavar dinheiro” e “financiar campanhas eleitorais”.

Moraes é relator do inquérito das fake news no STF. Ele participou nesta sexta-feira (11) do 15º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

“Não tem nenhuma dúvida, e obviamente a Polícia Federal vem fazendo esse cruzamento, de que as redes essas milícias digitais que estão sendo usadas para uma grande lavagem de dinheiro”, disse o ministro à GloboNews.

O pior cego é aquele que não vê que as fake news são produzidas ‘profissionalmente’ e disseminadas ‘criminosamente’ pela velha mídia corporativa, que, hoje, funciona como braço do sistema financeiro.

Sim, os jornalões deixaram de fazer jornalismo e a única coisa que investigam são os rendimentos no mercado especulativo e nas taxas de administração de suas maquininhas de pagamento online.

A Folha, por exemplo, tem o PagSeguro; a Globo lançou no começo deste ano a Ton –a maquinha do autônomo, segundo a propaganda do grupo dos Marinho.

Entretanto, esses meninos da extrema-direta cujas ações são reprováveis tanto do ponto de vista dos códigos Penal quanto do Civil não podem servir à criminalização do acesso á informação, à pluralidade de conteúdos e de ataque à própria liberdade de expressão.

“O que ocorre é que a partir dessa lavagem de dinheiro, e como ocorreu já em outros locais do mundo, você acaba limpando o dinheiro, e esse dinheiro pode eventualmente retornar via doações, inclusive via doações eleitorais. É muito mais grave do que as pessoas achavam e continuam achando”, acusou Alexandre de Moraes.

Para o relator do inquérito das fake news no Supremo, “essa lavagem de dinheiro acaba também permitindo que se faça um exército midiático que pode influenciar muito negativamente em relação ao próprio equilíbrio democrático” e afirmou que “há muito dinheiro envolvido, pessoas ganhando dinheiro com isso. A surpresa maior foi verificar o nível alto de profissionalismo, é um grande risco, à honra das pessoas, às instituições e um grande risco às eleições.”

Alexandre de Moraes arrematou dizendo que as empresas de mídia não são utilizadas para esse fim porque têm sua parcela de responsabilidade sobre o conteúdo divulgado, diferentemente das redes sociais. “Elas deveriam ser classificadas da mesma forma que as empresas de mídia. Quando elas querem interferir em conteúdo, daí tiram em milhares de postagens, daí fica subjetivo”, diferenciou o ministro.

Porém, caro ministro, a velha mídia corporativa é useira e vezeira no uso de fake news contra adversários políticos e ideológicos. Basta olhar a TV Globo, a revista Veja, os jornais Folha de S. Paulo e Estadão, para ficar só nos maiores maus exemplos.

As fake news são produzidas ‘profissionalmente’ e disseminadas ‘criminosamente’ pela mídia corporativa, que, atualmente, os maiores veículos têm como atividade principal o mercado financeiro ou são financiados por obscuros fundos de investimentos.

Pela lógica da Folha e da Globo, quanto mais trabalhadores autônomos, precarizados, desempregados, informalizados, pejotizados melhor para eles [barões da mídia]. É aí que entram as maquininhas de pagamento eletrônico. A questão é perversa, desumana.

Portanto, Sara Winter, Allan dos Santos, Olavo de Carvalho, dentre outros aloprados, são apenas idiotas úteis para que a velha mídia concentre também a verba publicitária da plataforma digital. Os jornalões gostam de bufunfa, não estão nem aí com democracia. É a história quem diz isso aí.