MDB do Paraná adere à ‘frente ampla’ pela reeleição de Rafael Greca

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), conseguiu fazer o que Ciro Gomes (PDT), Flávio Dino (PCdoB) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ainda não conseguiram fazer em âmbito nacional: a decantada ‘frente ampla’ política e eleitoral.

O mais novo integrante da ‘frente ampla’ de Greca, que vai disputar a reeleição na eleição de 15 de novembro próximo, é o velho MDB de guerra do Paraná.

Para sacramentar a adesão dos emedebistas na canoa do prefeito Rafael Greca virá neste sábado (12) a Curitiba o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), também vem para a capital do Paraná para entender o “borogodó” de Greca.

A ‘frente ampla’ pela reeleição do prefeito curitibano conta ainda com o apoio do governador do estado, Ratinho Junior (PSD), que indicou o atual vice-prefeito Eduardo Pimentel para continuar no cargo.

O ex-governador Beto Richa (PSDB), mais recuado por questões óbvias, também apoia outra vez seu aliado político.

Economia

A ‘frente ampla’ reúne ainda o deputado Luizão Goulart (Republicanos), que desistiu de sua pré-candidatura em prol de Greca.

Você acha que a ‘frente ampla’ de Greca parou por aí? Que nada. O prefeito obteve o sim do líder do governo Bolsonaro no Congresso, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), que retirou a candidatura de sua filha, a deputada Maria Vitória, que pensa concorrer novamente ao Palácio 29 de Março (sede do governo municipal curitibano).

Segundo os bastidores da política paranaense, a frente ampla de Rafael Greca celebrou acordo tácitos com aqueles que seriam seus virtuais principais adversários. Todos eles jogaram a tolha da disputa, embora seus respectivos partidos lacem nomes mais fracos para facilitar a reeleição do prefeito de Curitiba.

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Rafael Valdomiro Greca de Macedo, 64 anos, é economista, engenheiro, urbanista, escritor, poeta, editor, historiador e político brasileiro. Filiado ao Democratas (DEM), é o atual prefeito de Curitiba. Vai concorrer à reeleição na disputa de 15 de novembro de 2020.

Greca ocupou cargos de vereador, deputado estadual constituinte, prefeito de Curitiba, deputado federal e ministro de Estado do Esporte e Turismo.

Iniciou sua vida política em 1982, filiando-se ao PDS. Em 1983, ingressou no Partido Democrático Trabalhista (PDT), partido que deixou em 1997, juntamente com Jaime Lerner e Cássio Taniguchi. No mesmo ano após a saída do PDT, Greca, Lerner e Taniguchi ingressaram no Partido da Frente Liberal (PFL). Em 2003 deixou o PFL e filiou-se ao PMDB onde permaneceu até 2015. Em setembro de 2015, Greca deixou o PMDB e ingressou no Partido da Mobilização Nacional (PMN).

Nas eleições de outubro de 1992 concorreu à prefeitura de Curitiba, sendo eleito no primeiro turno. Foi prefeito de Curitiba de 1993 a 1997.

Em 1997, acompanhando o grupo político liderado pelo então governador Jaime Lerner, é convidado para ocupar cargos no primeiro escalão do governo, sendo indicado e assumindo como secretário de Planejamento e Coordenação Geral do estado do Paraná em 1997 e secretário-chefe da Casa Civil de 1997 a 1998.

Em 1998, Rafael Greca foi eleito deputado federal, tendo sido o mais votado do Paraná com 226.554 votos.

Rafael Greca foi ministro de Esporte e Turismo no segundo governo FHC, entre 1999 e 2000. Presidiu a comissão de Ministros de Estado do Brasil e de Portugal que conduziu a celebração dos 500 anos do descobrimento do Brasil. Também foi conferencista do Convênio Internacional sobre Urbanismo Social, realizado em Nápoles, na Itália, promovido pelo UniCredit e presidido pelo Ministro do Interior da Itália, Guiliano Amato.

De 1º de dezembro de 2000 a 2 de janeiro de 2002 foi secretário da Comunicação Social do estado do Paraná, nomeado pelo governador Jaime Lerner.

Chegou a ser pré-candidato ao governo do estado durante a convenção do PFL, em junho de 2002, sendo derrotado dentro do partido, que preferiu apoiar o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Beto Richa, nas eleições de outubro.

Optou por ser candidato ao legislativo estadual, elegendo-se com 51.921 votos como deputado estadual do Paraná. Buscou a reeleição nas eleições de 2006, obtendo apenas 34.736 votos, entrando no quadro de suplentes do legislativo estadual paranaense pelo PMDB. Em 2006 foi também um dos coordenadores da campanha de Roberto Requião no segundo turno das eleições para governador, que se reelegeu derrotando Osmar Dias (PDT).

Em 1º de fevereiro de 2007, Greca tomou posse como presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). Nas eleições de 2010, concorreu mais uma vez a deputado estadual do Paraná pelo PMDB e obteve 29.867 votos, não sendo eleito.

Em 2011, Roberto Requião assume um novo mandato no Senado Federal e Greca foi nomeado assessor comissionado do senador, ficando no cargo cinco anos.

Nas eleições de outubro de 2012, concorreu novamente à prefeitura de Curitiba, ficando em quarto lugar, recebendo 101.866 votos (10,45%).

Nas eleições de outubro de 2014, Greca foi candidato a deputado federal e obteve pouco mais que 37 mil votos, não sendo eleito.

Rafael Greca foi eleito novamente prefeito de Curitiba na eleição municipal de 2016. Ele disputou o segundo turno contra o deputado Ney Leprevost. Na votação do dia 30 de outubro, Greca teve mais de 461 mil votos, enquanto que Leprevost recebeu cerca de 405 mil votos.