Jogador do Santos enfatiza a luta contra o racismo no futebol

Além das quatro linhas: Marinho, importante jogador do Santos, enfatiza a luta contra o racismo e cita exemplos de LeBron e Hamilton

Atacante do Santos promete não descansar na luta contra o racismo.

Além de ser um dos principais jogadores do Santos, Marinho, também tem sido uma figura importante fora de campo na luta contra o racismo. Em entrevista ao SporTV, na noite desta segunda-feira (28), durante participação no “Bem, Amigos!” o atleta de 30 anos, que recentemente foi vítima de injúrias raciais, afirmou que vai aproveitar seu espaço como figura pública para reforçar a luta contra o racismo e outras formas de preconceito.

Leia o que o atleta disse:

“Eu acompanho muito, tenho o respaldo de muitas pessoas que falam muito comigo, tenho o respaldo de muitas pessoas que conversam muito comigo sobre o que vemos diariamente. Eu passei uma situação sendo uma pessoa pública, mas vejo muita gente passando isso diariamente, pessoas que não tem voz ativa”, disse o jogador do Peixe.

“É preciso que as leis sejam severas, senão vamos ficar apenas em hashtag, na internet e não vai mudar. Eu quero que as pessoas tenham mais empatia pelo próximo. E quando eu falo em igualdade não falo só racial, falo dos negros, dos gays também, é de ter empatia, mais amor, estamos vivendo em um mundo com tanta dificuldade – mas entendo que a pandemia também vem para nos ensinar mais, sobre o que é amar, ter empatia, companheirismo. Eu torço muito para que a gente ainda viva um mundo melhor”, completou.

Economia

O camisa 11 do Peixe também citou exemplos de LeBron James e Lewis Hamilton, que são engajados em causas sociais e políticas.

“O mais importante é perceber que quando o Hamilton faz isso, quando o LeBron faz isso lá nos Estados Unidos, eles têm um respeito. No Brasil se você for fazer isso é muito ‘mimimi’ ‘Nutella’, isso e aquilo.”

“Eu vou defender a bandeira porque a gente passa por isso, tem gente que passa e não tem voz ativa, mas eu não ligo para o que vão falar de mim, o mais importante é saber o melhor para o próximo, pessoas que passam por isso diariamente, pessoas que no seu emprego não podem falar senão vão ser mandadas embora, isso que nos machuca, porque lá fora as pessoas falam e têm respeito, recebem um abraço; aqui muita gente vem e critica ainda. Independente do que falem de mim, eu vou estar sempre brigando por aquilo que acho que é certo”, destacou.

Por fim, Marinho disse que não vai deixar de lutar pelo o que acredita, aproveitando o espaço conquistado como figura pública.

“Essa situação eu não deixo passar não. Já passei por muitas situações assim, mas não tinha voz ativa e simplesmente abaixava a cabeça e andava. Agora eu sou uma pessoa pública e sinto que consigo ajudar muitas pessoas que passaram e passam por isso, então o que tiver que falar eu vou falar mesmo, não vou abaixar a cabeça para ninguém”, concluiu.

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