Jilmar Tatto (PT): candidato a prefeito de São Paulo | Eleições 2020 SP

Jilmar Tatto, 55 anos, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 1981, é candidato a prefeito de São Paulo. Ele é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – USP. É Mestre em Ciências pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Poli USP. Possui graduação em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Moema (1987) e curso de Direito (incompleto) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Tatto foi eleito presidente do diretório municipal paulistano, em 1995. Atualmente é secretário nacional de comunicação do PT.

A infância de Jilmar Tatto se deu basicamente numa realidade social precária.

Em São Paulo a partir de em 1978, Jilmar iniciou sua participação em encontros de grupos de jovens nas Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica, principalmente na periferia da Capital.

Se tornou um dos coordenadores da Pastoral da Juventude na Região de Santo Amaro, atualmente Diocese, e, ao mesmo tempo, tomou contato com a realidade socioeconômica e se engajou em diversos movimentos por melhores condições de vida para a população.

Jilmar Tatto participou ativamente dos movimentos contra a carestia, por moradia, por transporte e educação de qualidade e atendimento melhor na saúde. Ajudou a organizar movimentos de solidariedade ao povo do Araguaia e a Dom Pedro Casaldáliga, bispo daquela Prelazia; aos agricultores sem-terra de Ronda Alta – RS e colaborou na formação de comitês de apoio aos trabalhadores em greve no ABC Paulista e do Comitê Santo Dias da Silva (operário assassinado em 1979).

Economia

Tudo isso fez despertar a curiosidade no campo da política que vinha passando por forte processo de mudanças, que levou ao fim da ditadura, em 1985.

No começo dos anos 1980, Jilmar Tatto ajudou na formação e consolidação do Partido dos Trabalhadores, recém-fundado. Com seu trabalho de base fundou o núcleo de Jardim das Imbuias – Capela do Socorro – São Paulo.

Em meados dos anos 80, tornou-se membro da direção do PT da Capela do Socorro, depois presidente do PT na Capital paulista, membro da direção executiva nacional do Partido e, atualmente, vice-presidente estadual do PT de SP.

Conciliou sua militância política com os estudos. No movimento estudantil fez parte da União Estadual de Estudantes (UEE-SP) e participou de diversos congressos da União Nacional de Estudantes (UNE).

Eleito deputado estadual em 1998, Jilmar Tatto ocupou cargos no secretariado da prefeitura de São Paulo, na administração petista nesta cidade (2001/2004). Nesse período, ele colocou em funcionamento o novo sistema de transporte na capital paulista, quando implantou inovações como o Bilhete Único e a primeira licitação pública para empresas de ônibus operarem o sistema.

Eleito deputado federal pelo PT em 2006, Jilmar Tatto ajudou a encaminhar e aprovar diversas iniciativas do governo Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso. Reeleito em 2010, com mais de 250 mil votos, foi líder da bancada do PT.

Em nova administração petista (2013-2016), na gestão Fernando Haddad, ele foi convidado a assumir a Secretaria de Transportes de São Paulo, com a missão de implantar 150 km de novos corredores e 200 km de faixas exclusivas para ônibus, 400 km de ciclovias, instalação modernos sistemas de monitoramento de vias , além do Bilhete Único Mensal.

É irmão dos também políticos Arselino, Ênio, Nilto e Jair Tatto, com reduto eleitoral na Capela do Socorro, zona Sul da cidade de São Paulo.

Militante fundador do Partido dos Trabalhadores, Jilmar traz em sua trajetória política a militância efetiva nos movimentos sociais e estudantil, participação em todos os níveis de direção partidária (zonal, municipal, estadual e nacional), fez parte da equipe de governo nas gestões petistas na Capital paulista (2001-2004 e 2013-2016) e foi eleito deputado estadual, em 1998, deputado federal em 2006 e reeleito em 2010.

Jilmar Tatto foi o nome escolhido pelo PT para disputar a Prefeitura de São Paulo.

Em votação realizada 15 de maio, Tatto ganhou a disputa pela indicação por 15 votos do deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha. Foram 312 votos de Tatto contra 297 de Padilha e um voto branco. A votação foi realizada por meio digital pela primeira vez devido à pandemia do novo coronavírus.

LEIA TAMBÉM