Observadores da política estão horrorizados com aglomerações em diversas regiões do País.
De aeroportos a praias, neste início de primavera, todos estão lotados.
Autoridades sanitárias brasileiras preveem uma nova onda da pandemia entre os dias 15 de outubro e 1º de novembro, nas vésperas das eleições municipais de 2020.
O primeiro turno das eleições deste ano foi adiado do início de outubro para o dia 15 de novembro, justamente em virtude da pandemia.
Dois governadores de estados, ouvidos pelo Blog do Esmael, dizem que a pandemia está “estável”, porém, alertam que as aglomerações podem ampliar o número de casos de infecções.
Entretanto, afirmam os governadores, o poder público está mais bem preparado para lidar com a doença e tem mais recursos materiais e humanos para esse enfrentamento.
Segundo esses mesmos gestores, ou haverá uma “imunização de manada” –e não precisará de vacina, como preconiza o presidente Jair Bolsonaro— ou não vai ter eleição em 2020.
“Quem vai mandar mãe votar?”, perguntou um entrevistado, que pediu para não ser identificado.
É bom que fique claro que não há nenhum comunicado oficial do TSE sobre novo adiamento das eleições. O tribunal sequer cogitou recuar na data do pleito, por ora.
Se as eleições 2020 forem mantidas com um quadro de avanço da pandemia, a tendência é que o número de abstenções sejam recordes. Nesse cenário, especula-se, os atuais prefeitos e vereadores mais que quintuplicam sua vantagem competitiva em relação aos adversários.
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Jornal Nacional contra Lula
O Jornal Nacional, da Globo, não mostra as últimas vitórias que o ex-presidente Lula obteve no front judicial, mas não perde nenhuma oportunidade de divulgar as fake news da força-tarefa Lava Jato.
Daqui a pouco, por exemplo, às 20h30, o telejornal apresentado pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos deverá voltar à carga contra o petista.
Com base em delação sabidamente fajuta do ex-ministro Antonio Palocci, a Lava Jato fez nova denúncia contra Lula por suposta lavagem de dinheiro com repasses ao Instituto Lula.
O Jornal Nacional pretende reverberar hoje à noite que o ex-presidente Lula, Palocci e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, “cometeram os crimes em ações envolvendo doações da Odebrecht ao Instituto Lula para disfarçar repasses no total de R$ 4 milhões, entre dezembro de 2013 e março de 2014.”
Provavelmente, tal denúncia da força-tarefa não irá prosperar na 13ª Vara Federal de Curitiba. No entanto, o que pretendem os procuradores do MPF-PR, nesses derradeiros meses, é “lacrar” mais uma contra o petista.
Sim, Globo e Lava Jato vivem de lacrações e cliques nas redes sociais. Não importa para eles a veracidade dos fatos. Vivem de fake news, portanto.
Alguns inquéritos inventados pela Lava Jato morreram na casca do ovo porque careciam de verossimilhança. Por serem denúncias precárias e inverossímeis, a força-tarefa também precisou atacar até mesmo os advogados para criminalizar a defesa.
A Globo e seu Jornal Nacional agem como um partido político. A constatação certeira foi do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), alvo de denúncias de corrupção nas vésperas das eleições de 2020.
Quanto à Lava Jato, ela tende a ficar mais violenta e odiosa à medida que seu fim se aproxima: janeiro de 2021.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.