Datena, ‘em fase comunista’, defende congelamento do preço do arroz e da cesta básica; veja

O apresentador José Luiz Datena, do Brasil Urgente na TV Band, tem provocado constantes polêmicas nas redes sociais e, principalmente, a ira dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. A última da “fase comunista” de Datena aconteceu na sexta-feira (18) quando pediu o tabelamento do preço do arroz e da cesta básica.

Datena criticou também a postura do governo do presidente Jair Bolsonaro frente ao aumento do preço dos alimentos e defendeu o tabelamento da cesta básica, além do congelamento do preço, inclusive do arroz, “para que os mais pobres não passem fome durante a pandemia do novo coronavírus”.

“Faz o cara tabelar e congelar o preço da cesta básica. Congela o preço da cesta básica, presidente Jair Bolsonaro”, disse Datena.

Após as declarações de Datena, apoiadores de Bolsonaro se revoltaram nas redes sociais e desconsiderando a carestia do arroz de outros produtos da cesta básica, partiram novamente para o ataque contra o polêmico apresentador. O velho e surrado chavão “comunista” foi empregado mais uma vez contra Datena.

Até parlamentares bolsonaristas atacaram o perigoso agente comunista infiltrado na TV Band. “Datena tem a ‘solução’ para resolver o aumento do preço do arroz. Ele propõe o mesmo que Stalin, Lênin, Chavéz e Fidel: o COMUNISMO”, escreveu o deputado Carlos Jordy, um parlamentar da tropa de choque de Bolsonaro.

A repercussão da fala de Datena continua provocando muito bate-boca nas redes sociais nesta segunda-feira (21). Veja:

Economia

LEIA TAMBÉM:

O discurso de Bolsonaro na ONU

TST determina fim da greve dos Correios

Petrobras fará nova rodada de ofertas pela Repar

PGR “libera” reeleição de Maia e Alcolumbre

O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, “lavou as mãos” acerca da reeleição à Câmara e ao Senado.

Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), Aras disse que é uma “questão interna” do Congresso a decisão pela reeleição.

“Feitas essas considerações, conclui-se ser inviável ao Supremo Tribunal Federal substituir-se aos parlamentares sufragados nas urnas na definição de questão afeta à organização e funcionamento da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, dotados de independência e autonomia constitucionais”, opinou o PGR.

A AGU (Advocacia-Geral da União), semana passada, já havia realizado emitido opinião parecida.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), será o relator da Ação Direita de Inconstitucionalidade (ADI) 6524, ajuizada pelo PTB, que pede à corte a vedação constitucional de reeleição da Mesa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal se aplica às eleições que ocorram na mesma legislatura ou em legislaturas diferentes.

Portanto, se prevalecer o entendimento do PGR, AGU e STF, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), nem precisarão aprovar uma PEC para continuar no cargo. Eles poderão se perpetuar com uma simples alteração no regimento interno das Casas.

Para quem vê de fora, no Congresso não há oposição. Trata-se de um órgão corporativo que primeiro pensa em si mesmo, e, depois, nos interesses dos bancos.