Correios: Trabalhadores decidem pelo retorno imediato ao trabalho nesta terça

Em assembleias realizadas na segunda-feira (21) – e que prosseguem nesta terça (22)-, após o julgamento do dissídio coletivo pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), os trabalhadores dos Correios decidiram encerrar a greve da categoria — iniciada em 17 de agosto — e retornar ao trabalho a partir de hoje.

O TST determinou a aplicação de um percentual de reajuste de 2,60%, a partir de 1º de agosto de 2020. A empresa não pretendia pagar correção salarial neste ano. A Justiça manteve ainda 20 cláusulas sociais do Acordo Coletivo, que não geram custos para a empresa, além das nove cláusulas com as quais a companhia já concordava.

A greve não foi considerada abusiva, o que levaria a um desconto integral das horas não trabalhadas. No entanto, os ministros do TST entenderam que foram descumpridas algumas exigências durante a paralisação, como a manutenção de um quantitativo mínimo em operação.

Por isso, metade dos dias parados será descontada. A outra metade, compensada. Os funcionários, no entanto, lembram que a empresa já descontou uma parte e agora vai cobrar somente a diferença.

O TST determinou a exclusão de cláusulas referentes ao vale-peru, ao pagamento do tíquete-refeição nas férias e para funcionários afastados, e ao pagamento de 30% nos casos de afastamento por licença-maternidade.

Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), a greve foi deflagrada em protesto contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas. Segundo a entidade, foram retiradas 70 cláusulas de direitos em relação ao acordo anterior, como questões envolvendo adicional de risco, licença-maternidade, indenização por morte, auxílio-creche, entre outros benefícios.

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Petrobras fará nova rodada de ofertas pela Repar

A Petrobras vai promover uma nova rodada de ofertas vinculantes pela Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, após receber duas propostas com valores próximos, informou a empresa nesta segunda-feira.

A estatal disse em comunicado que a etapa vinculante do processo de venda do ativo possui participação da Ultrapar, de um consórcio liderado pela Raízen –joint venture entre Cosan e Shell– e da chinesa Sinopec.

“A Petrobras reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio e informa que as etapas subsequentes serão divulgadas ao mercado”, afirmou a petroleira.

A manifestação ocorre em momento em que os processos de vendas de refinarias pela empresa passam por julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) –até a tarde desta segunda, três votos contrários à continuidade das vendas haviam sido proferidos pelos ministros Edson Fachin (relator do processo), Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello.

*Da Agencia Reuters