Ciro Gomes diz que Bolsonaro é um nojo: “Corrompeu os próprios filhos”

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) comentou a denúncia de que Carlos Bolsonaro comprou um apartamento em dinheiro vivo, quando tinha 20 anos.

O negócio foi realizado em 2003 pelo valor de 150 mil reais em dinheiro vivo. ‘Carluxo’ já era vereador.

Ciro Gomes comentou pelo Twitter: “Bolsonaro é um nojo! Corrompeu os próprios filhos!”

Pois são várias denúncias de lavagem de dinheiro e de “rachadinhas” contra Flávio e Carlos Bolsonaro. Eles não são o presidente da República, claro. São filhos dele. Um pai não pode ser imputado por crimes eventualmente cometidos por seus filhos, a não se que sejam menores de idade e que o crime seja resultante de alguma conduta dos pais; posse de arma, por exemplo.

Mas, nenhum dos filhos do presidente despontaria para a política e para os “negócios” se o pai não fosse o “político” que é.

E também há o fato a ser apurado que envolve a ex-mulher, a atual primeira-dama e o próprio presidente nos esquemas de “rachadinha” e lavagem de dinheiro.

Economia

Isso porque nem chegamos perto das suspeitas de envolvimento com milícias e com o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

E tem mais, veja só:

Família Bolsonaro movimentou mais de R$ 3 milhões em dinheiro vivo em campanhas

As campanhas de Jair Bolsonaro (sem partido) e seus filhos, Flávio (Republicanos-RJ), Carlos (Republicanos-RJ) e Eduardo (PSL-SP) movimentaram desde o ano 2000 cerca de R$ 3 milhões em dinheiro vivo. O levantamento é da Folha de S. Paulo, edição desta quarta-feira (23).

Segundo o jornalão paulistano, o uso de dinheiro vivo sustentou as campanhas eleitorais da família Bolsonaro ao longo dos últimos 25 anos. O clã atua na política desde a eleição de Jair Bolsonaro em 1988.

Desde a minirreforma eleitoral de 2015, os candidatos a cargos eletivos passaram a ter de financiar suas campanhas com recursos próprios e com doações de correligionários ou de partidos políticos (recursos oriundos do Fundo Partidário).

A campanha ainda pode ser financiada pela venda de bens e pela realização de eventos, ou ainda utilizando o Fundo Especial para Financiamento de Campanhas (FEFC).

No entanto, de acordo com a Folha, o uso frequente de dinheiro vivo no financiamento eleitoral repete hábito da família de pagar contas pessoais e até a quitação de imóveis em espécie, costume atualmente investigado no chamado caso das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Ao comparar as campanhas dos Bolsonaro com as demais, a reportagem do jornalão afirma que o elevado uso de dinheiro vivo nas campanhas destoa da prática de outras candidaturas bem-sucedidas naqueles anos.

A Folha liga abertamente o financiamento das campanhas dos Bolsonaro às “rachadinhas”, esquema denunciado pelo Ministério Público do Rio, em que “Zero Um”, o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, senador Flávio Bolsonaro, estaria sendo envolvido.

Depois de analisar a injeção de recursos em espécie em todas as campanhas do clã Bolsonaro, a Folha lembra que a “rachadinha”, de acordo com os investigadores, foi operada pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, que recebeu mais de R$ 2 milhões de 13 assessores de Flávio, de 2007 a 2018, por meio de transferências bancárias e de depósitos em espécie.

ONU convida Lula para discursar, após fiasco de Bolsonaro

O ex-presidente Lula discursando na Assembleia Geral da ONU (foto: arquivo).

Após a vergonha mundial que Jair Bolsonaro fez nesta terça-feira (22), na abertura da Assembleia Geral da ONU, o ex-presidente Lula foi chamado para discursar no organismo internacional sobre educação.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai discursar nesta quinta-feira (24), às 10h, na abertura do Webinário “Educação e as Sociedades Que Queremos”. O Blog do Esmael vai transmitir o pronunciamento ao vivo para o Brasil e o mundo.

Além de Lula, o indiano ganhador do Prêmio Nobel da Paz Kailash Satyarthi também discursa na abertura do encontro virtual. Participam ainda o diretor geral da ICESCO, Salim M. Al Malik, e a secretária executiva da Parceria Global para a Educação, Alice Albright. O Instituto Lula é um dos organizadores.

A relatora da ONU para o Direito à Educação, Koumbou Boly Barry, afirmou ao convidar o ex-presidente que “a experiência do Brasil na educação interessa ao mundo”, e que Lula foi um presidente “que tanto colaborou e colabora para o progresso mundial, fortalecendo laços entre povos”.

Sobre o evento, Boly afirma: “Como diz o ditado africano: ‘Se você quiser ir rápido, vá sozinho, e se quiser chegar com segurança, vá com as pessoas’. O contexto do mundo atual exige a mobilização de todos os tomadores de decisão, todas as competências dos vários locais nacionais, regionais e internacional para enfrentar os desafios educacionais e até existenciais da humanidade.”

O ex-ministro da Educação e conselheiro do Instituto Lula, Fernando Haddad, também participa do seminário. Haddad fala na mesa “Políticas e Mecanismos para garantir uma educação de qualidade, igualitária e inclusiva para todos” que reunirá ministros de sete países.

Este encontro faz parte da iniciativa “Sociedades que queremos”, coordenada pela Organização do Mundo Islâmico para Educação, Ciência e Cultura (ICESCO), com o objetivo de disseminar conhecimento e implementar programas inovadores para construir sociedades saudáveis, pacíficas, prósperas, inclusivas e resilientes a partir de uma necessidade que se acelerou com o advento da pandemia causada pelo novo Coronavírus. Entre os parceiros estão a relatoria especial da ONU para o Direito à Educação (ACNUDH), a Campanha Nacional pelo Direito à Educação e o Instituto Lula.