Enderson Moreira iniciará a sua terceira passagem pelo Esmeraldino
Thiago Larghi não é mais técnico do Goiás. O treinador de 40 anos foi demitido na noite desta segunda-feira (28). Foi contratado dia 21 de agosto e estava apenas 38 dias no clube com uma série de 3 jogos de invencibilidade (dois empates e uma vitória). Mas parece que a diretoria estava insatisfeita com desempenho do time e faz mudança no comando da equipe.
O mais engraçado disso tudo é que a demissão de Larghi e a chegada de Enderson aconteceram em um espaço de 29 minutos, entre um anúncio e outro nas redes sociais.
Enderson Moreira vai para o terceiro trabalho na temporada. Iniciou no Ceará, mas trocou o Vozão pelo Cruzeiro onde permaneceu por 12 jogos até ser demitido.
O Goiás está na vice-lanterna do Brasileirão, com nove pontos, mas já teve três jogos adiados na competição. A estreia de Enderson Moreira será no próximo domingo, em Goiânia, contra o Santos, pela 13ª rodada.
Notado por Tite
Larghi, foi até citado por Tite, técnico da seleção brasileira, em entrevista ao “Bem, Amigos” do SporTV, no momento em que falava sobre a falta de tempo aos treinadores no Brasil.
“Não é mágica. Varinha não é solução. Não é o Thiago que vai fazer o Goiás retomar as suas vitórias. Ele precisa de tempo, todo mundo precisa de tempo para desenvolver seu trabalho“, disse Tite.
A seguir, leia a íntegra do comunicado oficial do Goiás sobre a demissão do técnico:
“O Goiás Esporte Clube informa que, após reunião realizada nesta segunda-feira, foi decidido que Thiago Larghi não seguirá no cargo de treinador da equipe de futebol profissional. O Goiás agradece ao técnico e sua comissão pelos trabalhos prestados e pelo profissionalismo demonstrado ao longo de toda convivência no clube, e deseja sorte aos profissionais em projetos futuros.
Thiago Larghi assumiu o Goiás após a saída de Ney Franco. Ao todo foram 6 jogos, sendo 3 derrotas, 2 empates e uma vitória.
O clube segue no mercado em busca de uma nova comissão técnica para assumir o time.”
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De acordo com o secretário geral, Walter Feldman, a hipótese criaria um “desequilíbrio inaceitável” no Brasileirão.
Com média móvel de 693 óbitos por dia no Brasil por conta do Covid, se depender da CBF a volta do público aos estádios não acontecerá tão cedo. O dirigente da entidade disse que enquanto os outros estados e municípios do país ainda proíbem esta volta, a CBF será contra, pois isso gera um “desequilíbrio inaceitável” no Brasileirão.
Há uma semana, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), disse que estava autorizada a volta de público apenas no Maracanã a partir de 4 de outubro, dia em que o Flamengo enfrentará o Athletico-PR.
Na última quinta-feira (24), os clubes da série A se reuniram virtualmente com a entidade para debater sobre o assunto. E Feldman revelou que apenas o Flamengo foi favorável ao retorno do público nos estádios e ainda deu a famosa alfinetada ao time da Gávea. Para ele, a proposta do Rubro-Negro é equivocada e fere o princípio de isonomia.
Isonomia é igualdade material. Ela assegura às pessoas oportunidades iguais, considerando suas condições diferentes. Por isso, é frequentemente traduzida na frase: “tratar desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade”.
De acordo com Walter Feldman, poderemos ter a volta de público no início do segundo turno do Brasileirão, no dia 7 de novembro. No momento, autoridades de saúde de diversos municípios com times na Série A vetam a reabertura das arquibancadas.
Vale lembrar às aqueles que têm memória curta que o Flamengo (único a favor da volta ao público aos estádios) vive um surto de Covid-19 no elenco, comissão técnica e dirigentes depois da viagem ao Equador para os jogos na Libertadores com mais de 30 casos confirmados até o momento. Mas parece que isso não é motivo suficiente para o rubro-negro carioca repensar sobre o caso que mantém sua posição sobre o assunto.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.