O presidente Jair Bolsonaro aterrissou há pouco em Juazeiro do Norte, no Ceará, para mais um périplo no Nordeste Brasileiro, querendo ser Lula. É o personagem “Bolsolula” que entrou em ação nesta quinta-feira (17).
Bolsolula, ops, Bolsonaro, terá agenda por volta das 9h30 em Coremas, Paraíba, onde ele participa da inauguração de uma Usina Fotovoltaica.
Na semana passada, em matéria de capa, a revista IstoÉ anotou que Bolsonaro queria ser Lula (‘Quero ser Lula’) apontando para a irônica estratégia política do presidente Jair Bolsonaro, que passa a imitar seu algoz, através de reedições de programas anteriores, como o Bolsa Família, tão atacado pela direita, e o ‘Minha Casa, Minha Vida’.
É verdade que Bolsonaro está desidratando todos os programas sociais criadas pelo PT, mas quer manter os nomes para engabelar os eleitores mais desavisados. O presidente pensa que pode ser Lula e, pior ainda, que pode enganar os nordestinos fazendo-se um lobo na pele de cordeiro.
Bolsonaro chega hoje ao Nordeste após reduzir pela metade o auxílio emergencial criado na pandemia, de R$ 600 para R$ 300, além de tirar o benefício de 6 milhões de pessoas.
O presidente ainda deu sinal verde para a equipe econômica, liderada por Paulo Guedes, para congelar pensões, aposentadorias e limitar o acesso ao BPC (Benefício de Prestação Continuada) destinado às pessoas em situação de vulnerabilidade absoluta e deficientes físicos.
A própria revista IstoÉ, que não é comunista, resumiu o projeto de Bolsolula:
‘Seu objetivo é um só: ganhar o apoio dos necessitados para se garantir no poder’, diz a publicação, que arrematou: ‘Busca apenas a autopromoção’.
Mas a pergunta que fica é a seguinte: o povo é bobo e se deixará enganar mais uma vez?
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AGU recorre de decisão de Celso de Mello sobre depoimento presencial de Bolsonaro
A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu, na noite desta quarta-feira (16), para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) preste depoimento por escrito no inquérito que investiga a sua suposta interferência na Polícia Federal (PF).
Na semana passada, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou a Bolsonaro a possibilidade de ser interrogado pela PF por escrito. No entendimento do magistrado, a prerrogativa de depor por escrito é reservada apenas às autoridades que prestam depoimento como testemunhas, o que não é o caso do presidente, que figura como investigado no inquérito.
No recurso ao STF, a AGU argumenta que a Corte precisa conferir tratamento isonômico para Bolsonaro em relação ao ex-presidente Michel Temer (MDB), que, quando ocupava o Palácio do Planalto, prestou depoimento por escrito.
Segundo a AGU, a PF informou ao órgão que o depoimento do presidente vai ocorrer em uma das seguintes datas: 21, 22 ou 23 de setembro, às 14h. Sendo assim, pede que os efeitos da decisão do ministro Celso de Mello sejam suspensos até o julgamento do recurso.
O inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro foi aberto em 27 de abril a partir de acusações do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. Quando anunciou sua demissão do cargo, Moro disse que Bolsonaro tentou interferir na PF ao demitir o diretor-geral da corporação e ao cobrar a troca no comando da Superintendência no Rio de Janeiro.
Com informações do G1
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.