A pandemia acabou?

Os correligionários do presidente Jair Bolsonaro, conhecidos nas redes sociais como “bolsonaristas”, ficaram ensandecidos neste sábado (12) e subiram no Twitter a tag #APandemiaAcabou.

Não é verdade que a pandemia acabou. Ela só termina com a vacinação ocorrer. Provavelmente no início do ano que vem.

Esses bolsonaristas, apoiadores de Bolsonaro, vivem da falsa polêmica. A última delas é uma campanha contra a vacina que ainda não existe. Dizem eles que a melhor forma de combater a covid-19 seria a prevenção com a cloroquina e a aplicação anal de ozônio. Mais barbaridades desses “sem-noção” surgidos no ambiente de ódio pela Globo no longínquo junho de 2013.

O negacionismo dos bolsonaristas, a começar pelo presidente Jair Bolsonaro é de notório conhecimento. Ato contínuo ele dissemina falsamente que o governo está “vencendo” a pandemia, num contexto de 130 mil mortes.

O que esperar de um governo que nega que a floresta Amazônica e o Pantanal estão ardendo em chamas?

A hashtag #APandemiaAcabou é mais uma fake news bolsonarista.

Economia

A pandemia continua e os professores, de todos os estados, se recusam a voltar às aulas presenciais. Os educadores do Paraná, por exemplo, decidiram hoje (12) entrar “greve em defesa da vida” até surgir a vacina contra a covid-19.

O governo espanhol que planejava retornar as aulas presenciais na semana que vem também recuou diante do avanço do vírus.

Portanto, a pandemia no Brasil e no mundo só termina com a vacinação em massa e obrigatória. É isso. O resto é fake news.

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Professores anunciam greve e recusam voltar às aulas presenciais em 2020

Em assembleia online da APP-Sindicato, na manhã deste sábado (12), professores e funcionários de escola da rede estadual e das redes de 209 municípios do Paraná aprovaram a realização de “greve em defesa da vida”, contra a retomada das aulas presenciais durante a pandemia do novo coronavírus.

O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão, explica que a paralisação será desencadeada caso o governo decida pelo retorno das aulas nas escolas em 2020. “A categoria está mobilizada e não aceitará qualquer imposição que coloque em risco à vida tanto dos estudantes e seus familiares, quanto dos profissionais que trabalham nas escolas”, disse.

Os educadores também deliberaram ações relacionadas com as condições de trabalho e ataques aos direitos dos servidores públicos. “Aprovamos um calendário de mobilizações para reforçar nossa resistência, especialmente neste momento complexo em que os governos têm promovido uma política de precarização da educação pública e de retirada de direitos da nossa categoria”, relatou a secretária de Finanças da APP-Sindicato, professora Walkiria Olegário Mazeto.

Assembleia online

É a primeira vez que a APP-Sindicato realiza uma assembleia através da internet. A direção estadual do Sindicato deliberou pela organização da atividade desta forma para assegurar a participação de todos com segurança, considerando as normas de prevenção contra a Covid-19, que impedem a aglomeração de pessoas.

“Realizar a assembleia de forma online foi um grande desafio, por conta da situação que estamos vivendo, sem poder fazer aglomerações. Apesar disso, assim como todas as lutas que enfrentamos, conseguimos organizar essa atividade com muito sucesso, garantindo a participação de toda a categoria no processo de construção e decisão da luta coletiva”, avaliou a secretária Geral da APP-Sindicato, professora Vanda do Pilar Santana.

Mais de 2,7 mil profissionais que trabalham na educação pública do Paraná se cadastraram para participar da atividade. Os debates e as votações aconteceram através da plataforma de videoconferência Zoom.

Apenas os integrantes da mesa de trabalho e uma equipe técnica reduzida se reuniram de forma presencial na sede estadual do Sindicato, em Curitiba, cumprindo regras de distanciamento social, uso de máscara de proteção facial e higienização com álcool em gel.

A assembleia teve início no sábado passado (5), mas precisou ser suspensa devido a problemas técnicos com a transmissão de vídeo pela internet. A decisão teve o objetivo de permitir ajustes técnicos para garantir a participação de todos os educadores.