[Vídeo] Daniel Almeida acusa Bolsonaro de sabotar os Correios para privatizar

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) se manifestou nesta quarta-feira (19) em apoio à greve dos trabalhadores dos Correios. Para ele, a paralisação é fundamental para a manutenção de direitos constitucionais desses profissionais.

“Em momentos em que os serviços de entrega privados crescem, eles querem tirar os Correios de jogo. Dizem que é uma empresa inviável, isso é mentira. O que precisa é de gestão e valorização”, afirmou o parlamentar.

A estatal há muito tempo tem sido enfraquecida financeiramente com o objetivo de ser privatizada. Seu papel social é insubstituível, já que chega também a regiões pouco acessíveis do país.

“Querem sabotar os Correios para justificar sua privatização”, explicou Daniel Almeida, que organizou a Frente Parlamentar em Defesa dos Correios em 2015 e 2019.

De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), 70% dos trabalhadores aderiram à paralisação nacional.

Almeida explica que muitas conquistas estão sendo tiradas da classe. “Querem retirar acordos de convenções coletivas, conquistas de tantos anos que os trabalhadores obtiveram depois de tantas lutas”, afirmou.

Economia

O deputado publicou um vídeo nas redes sociais em apoio à greve dos trabalhadores dos Correios:

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Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios de todo o Brasil estão em greve desde a última segunda-feira (17). Os grevistas são contra a privatização da estatal, reclamam de negligência da empresa com a saúde dos trabalhadores na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos. A paralisação é por tempo indeterminado.

De acordo com estimativas da Federação Nacional dos Trabalhdores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a greve atinge cerca de 70% da categoria.

Ainda de acordo com a Fentect, o movimento grevista tem a adesão tanto do setor operacional, quanto administrativo.

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Com base em informações encaminhadas pelos sindicatos filiados, a federação estima em mais de 70 os óbitos de trabalhadores da ativa vítimas da Covid-19.

Em nota, a Fentect pede “a compreensão da sociedade nessa luta”, diz que segue aguardando “uma postura correta da empresa, de negociação, para que os trabalhadores não sejam ainda mais penalizados nessa pandemia, assim como a população”.

A entidade também informa que novas assembleias serão realizadas nos estados ao longo da semana para avaliação da greve.

“No entanto, a greve deve contar com novas adesões dada a retirada de direitos, prevista no Acordo Coletivo da categoria que teria vigência até 2021, e perdas salariais que chegam a 40% da remuneração, além de direitos como licença maternidade de 180 dias e auxilio para dependentes com necessidades especiais”, ressalta a Fentect.

Com informações da Fentect