Olavo de Carvalho dispara contra Bolsonaro por elogio às Força Armadas

O jornalista Olavo de Carvalho foi ao Twitter, nesta sexta-feira (7), para criticar os elogios feitos pelo presidente da Jair Bolsonaro às Forças Armadas.

Na quinta-feira (6), em discurso durante solenidade de promoção de oficiais-generais do Exército Nacional, Bolsonaro disse que “além da garantia da lei e da ordem”, os militares garantem a liberdade do povo. “Por isso a confiança nessa instituição e minha tranquilidade em conduzir o país ao destino que todos nós queremos”, afirmou Bolsonaro.

Em mensagem no Twitter, nesta manhã, Olavo de Carvalho disparou contra as afirmações do presidente: “Estou gostando de ver, senhor presidente, como as suas malditas Forças Armadas garantem a minha liberdade e a de tantos brasileiros que se safrificaram pelo seu governo”, escreveu.

Olavo de Carvalho e seu grupo estão cada vez mais isolados no interior do governo Bolsonaro. Após a queda de Weintraub do MEC, a facção olavista foi praticamente varrida do ministério. Além disso, Olavo cobra de Bolsonaro uma defesa mais forte do governo a favor dos integrantes do chamado “gabinete do ódio”, acossados pelas ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a rede criminosa de fake news – boa parte dela integrada por ex-alunos de Olavo.

Para completar a fase de adversidades de Olavo, ele ainda foi excluído da plataforma financeira PayPal nesta semana. Ação que ele atribuiu como resultado de uma “campanha de comunistas” nas redes sociais.

Economia

Cada vez mais isolado no governo, Olavo tenta chamar atenção de Bolsonaro para garantir as boquinhas de apoiadores e o fluxo de apoio financeiro para a sua permanência nos Estados Unidos.

Olavo mira em Bolsonaro para acertar nos militares, seu verdadeiro alvo são os generais palacianos que controlam de forma crescente a agenda do governo.

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PSOL cobra explicações de ministros sobre ameaça de Bolsonaro de intervir no STF

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados enviou uma série de requerimentos de informação a ministros do governo de Jair Bolsonaro para cobrar explicações sobre a informação de que o presidente avaliou em reunião a possibilidade de intervenção e destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os requerimentos foram enviados para os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Walter Braga Netto (Casa Civil). Segundo matéria da revista Piauí, em reunião no dia 22 de maio no Palácio do Planalto em que os ministros participaram, Bolsonaro chegou a afirmar que queria intervir e mandar tropas para o Supremo porque os magistrados, na sua opinião, estavam passando dos limites em suas decisões e “achincalhando sua autoridade”.

Os três requerimentos de informação foram protocolados nesta quinta-feira (6) na Câmara dos Deputados. Os deputados do PSOL solicitam informações sobre o encontro de 22 de maio, bem como cópias dos e-mails de convocação da reunião, atas, e-mails, registros fotográficos e em vídeo que justifiquem o encontro.

Os parlamentares também questionam se os ministros estiveram presentes ou têm conhecimento de reuniões realizadas entre maio e julho em que tenham sido debatidas “estratégias de intervenção (militar ou não) ou de destituição” de ministros do STF, assim como encontros em que tenham sido debatidos os inquéritos em curso no Supremo.

“Em todas as respostas, anexar notas técnicas, pareceres, memorandos, atas de reuniões, e-mails, despachos e qualquer outro documento relacionado ao tema que justifique as respostas”, diz o requerimento.

*A informação é do PSOL