Lindbergh sobre o desmatamento: “É Bolsonaro ou a Floresta Amazônica”

O indicativo de alta de 34% no desmatamento da Amazônia este ano em relação ao anterior reforçou o alerta de que o governo Bolsonaro está se lixando para a preservação e para os povos da Floresta. Para ele, poderia ser tudo pasto ou soja.

O vice-presidente Mourão disse que os sistemas de monitoramento brasileiros “não são os melhores” e precisam ser aprimorados. Disse também que é preciso resolver o “problema fundiário” da Amazônia para controlar a devastação ambiental na região.

“Óbvio, temos que tratar do problema fundiário da Amazônia. Se não resolvermos o problema fundiário da Amazônia, vamos continuar nesse eterno jogo de gato e rato em relação a índice de desmatamento.”, completou o vice.

A questão é que essa vontade de “resolver o problema fundiário” é para legalizar a grilagem já feira.

O ex-senador Lindbergh Farias fez um comentário pertinente: “O desmatamento da Amazônia aumentou em 34% nos últimos 12 meses, em relação ao período anterior. Tá claro: é Bolsonaro ou a Floresta Amazônica. #ForaBolsonaro”

Economia

Ou seja, o governo Bolsonaro não vai se mobilizar para barrar o desmatamento, nem o garimpo em terras indígenas, nem a grilagem de terras na Amazônia. Então, teríamos que escolher entre manter a Floresta conservada ou deixar Bolsonaro governar o país.

O duro é que a Floresta vale muito mais em pé que desmatada. Vale em vida, mas também em dinheiro. A devastação é ruim para o agronegócio, ruim para a soberania, ruim para os povos da Floresta. Ruim para todos.

Com informações do UOL.

Bolsonaro teme ser preso na Europa por genocídio, ecocídio e caso Marielle

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai evitar pisar em território europeu enquanto estiver na constância do mandato e, por óbvio, após deixar a Presidência da República.

Bolsonaro teme que países europeus, como a França, decretem sua prisão e o encaminhe para cumprir pena em Haia, Holanda, para aguardar julgamento.

Três questões tiram o sono de Bolsonaro:

1. o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL);
2. as queimadas e desmatamentos na Amazônia; e
3. a acusação de genocídio no trato da pandemia do novo coronavírus.

Não há nenhum ordem internacional de prisão para o presidente Jair Bolsonaro, por ora.

No entanto, há denúncias formais contra Bolsonaro no Tribunal Internacional Penal, de Haia, acerca de crimes contra a humanidade e genocídio no âmbito das políticas no enfrentamento da Covid-19.

A ação de Bolsonaro na Amazônia também foi considerada crime contra a humanidade (ecocídio) por juristas franceses e brasileiros, que levaram o presidente brasileiro à corte penal internacional em 2018.

Os franceses se irritaram com Bolsonaro quando ele se dirigiu desrespeitosamente à mulher do presidente Emmanuel Macron, chamando-a de feia, dentre outras barbaridades.

O caso Marielle foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), e mereceu manifestação do Sistema das Nações Unidas no Brasil.

A bronca mais recente contra Bolsonaro, em Haia, foi ajuizada por entidades brasileiras de saúde que representam mais de 1 milhão de trabalhadores.

Os países europeus são importantes para que aeronaves façam parada técnica e realizem reabastecimento. Nas viagens ao continente asiático, por exemplo, pela distância, a rota europeia é obrigatória para os voos comerciais e oficiais.

Por mais que Jair Bolsonaro diga que não teme nada, o caso do presidente sérvio Slobodan Milosevic sempre lhe vem à cabeça. Milosevic jurava que nunca seria presos pelos crimes contra a humanidade e pelo genocídio. No entanto, ele acabou preso e morreu na prisão –antes mesmo de conhecer a sentença.

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Requião candidato a presidente da República em 2022

O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), eleito o “Rei da Live” durante a pandemia, foi aconselhado por correligionários nesta quinta-feira (6) a se colocar como candidato a presidente da República em 2022.

Depois de ouvir atentamente seu séquito, o emedebista disse que dificilmente o MDB lhe daria a legenda para concorrer contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) porque, segundo o ex-senador, o partido estaria “aderido” às experiências de bolsonaristas com as exóticas aplicações de ozônio para conter a Covid-19.

Os correligionários de Requião também apontaram a necessidade de o político deixar a agremiação, se quiser pensar concorrer ao Palácio do Planalto em 2022.

Não é à toa que o ex-senador tem buscado se diferenciar em suas ‘lives’ do senso comum. Tenta colocar-se como alternativa nessa peleja presidencial.

Ainda discutiram a hipótese de o ex-senador Roberto Requião concorrer à Vice-Presidência da República, ao governo do Paraná ou ao Senado, projeto que sempre encantou o velho emedebista.

Porém, advertiram os alquimistas requianistas, uma polarização entre Requião e o senador Alvaro Dias (PODE), por exemplo, poderia beneficiar um candidato “tercius” –a famosa terceira via.

Na eleição de 2002, há duas décadas, esse fenômeno do ‘tercius’ surgiu na disputa pelo Senado entre Paulo Pimentel (PMDB) e Tony Garcia (PPB). Enquanto os dois principais “players” se digladiavam no horário eleitoral da TV, surgiu o então azarão petista Flávio Arns, que acabou ficando com a vaga.

Olavo de Carvalho dispara contra Bolsonaro por elogio às Força Armadas

O jornalista Olavo de Carvalho foi ao Twitter, nesta sexta-feira (7), para criticar os elogios feitos pelo presidente da Jair Bolsonaro às Forças Armadas.

Na quinta-feira (6), em discurso durante solenidade de promoção de oficiais-generais do Exército Nacional, Bolsonaro disse que “além da garantia da lei e da ordem”, os militares garantem a liberdade do povo. “Por isso a confiança nessa instituição e minha tranquilidade em conduzir o país ao destino que todos nós queremos”, afirmou Bolsonaro.

Em mensagem no Twitter, nesta manhã, Olavo de Carvalho disparou contra as afirmações do presidente: “Estou gostando de ver, senhor presidente, como as suas malditas Forças Armadas garantem a minha liberdade e a de tantos brasileiros que se safrificaram pelo seu governo”, escreveu.

Olavo de Carvalho e seu grupo estão cada vez mais isolados no interior do governo Bolsonaro. Após a queda de Weintraub do MEC, a facção olavista foi praticamente varrida do ministério. Além disso, Olavo cobra de Bolsonaro uma defesa mais forte do governo a favor dos integrantes do chamado “gabinete do ódio”, acossados pelas ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a rede criminosa de fake news – boa parte dela integrada por ex-alunos de Olavo.

Para completar a fase de adversidades de Olavo, ele ainda foi excluído da plataforma financeira PayPal nesta semana. Ação que ele atribuiu como resultado de uma “campanha de comunistas” nas redes sociais.

Cada vez mais isolado no governo, Olavo tenta chamar atenção de Bolsonaro para garantir as boquinhas de apoiadores e o fluxo de apoio financeiro para a sua permanência nos Estados Unidos.

Olavo mira em Bolsonaro para acertar nos militares, seu verdadeiro alvo são os generais palacianos que controlam de forma crescente a agenda do governo.

PSOL cobra explicações de ministros sobre ameaça de Bolsonaro de intervir no STF

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados enviou uma série de requerimentos de informação a ministros do governo de Jair Bolsonaro para cobrar explicações sobre a informação de que o presidente avaliou em reunião a possibilidade de intervenção e destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os requerimentos foram enviados para os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Walter Braga Netto (Casa Civil). Segundo matéria da revista Piauí, em reunião no dia 22 de maio no Palácio do Planalto em que os ministros participaram, Bolsonaro chegou a afirmar que queria intervir e mandar tropas para o Supremo porque os magistrados, na sua opinião, estavam passando dos limites em suas decisões e “achincalhando sua autoridade”.

Os três requerimentos de informação foram protocolados nesta quinta-feira (6) na Câmara dos Deputados. Os deputados do PSOL solicitam informações sobre o encontro de 22 de maio, bem como cópias dos e-mails de convocação da reunião, atas, e-mails, registros fotográficos e em vídeo que justifiquem o encontro.

Os parlamentares também questionam se os ministros estiveram presentes ou têm conhecimento de reuniões realizadas entre maio e julho em que tenham sido debatidas “estratégias de intervenção (militar ou não) ou de destituição” de ministros do STF, assim como encontros em que tenham sido debatidos os inquéritos em curso no Supremo.

“Em todas as respostas, anexar notas técnicas, pareceres, memorandos, atas de reuniões, e-mails, despachos e qualquer outro documento relacionado ao tema que justifique as respostas”, diz o requerimento.

*A informação é do PSOL

Ministério da Defesa cancela desfiles de 7 de setembro por causa da pandemia

O Ministério da Defesa determinou que as Forças Armadas sejam orientadas a não participar, neste ano, dos desfiles de 7 de setembro alusivos ao aniversário da Proclamação da Independência do Brasil por causa da pandemia de Covid-19. A portaria foi publicada nesta sexta-feira (7) no Diário Oficial da União (DOU).

“Tradicionalmente as Forças Armadas estão envolvidas junto com a sociedade nos festejos relacionados à Semana da Pátria, que marca a data de emancipação do Brasil, ocasião em que é estimulada a ampla manifestação dos valores cívicos em todo território nacional, por meio de atividades culturais e solenidades específicas. Todavia, como é de amplo conhecimento, o País, como considerável parte do mundo, enfrenta a pandemia do “COVID-19”, não sendo recomendável pelas autoridades sanitárias a promoção de eventos que possam gerar aglomerações de público, devido ao risco de contaminação. As condições atuais indicam que tal recomendação deva ainda vigorar durante o mês de setembro, abrangendo, assim, o período de celebração do 198º Aniversário da Proclamação da Independência do Brasil”, diz o documento.

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), confirmou na manhã de hoje que neste ano não haverá os desfiles.

“Não é pelo desfile em si, mas é pela participação popular, gera aglomeração, está fora dos parâmetros da nossa linha de combate à pandemia”, explicou Mourão.

O Brasil registrou até as 8h desta sexta-feira 98.650 mortes e 2.750.153 casos confirmados de Covid-19, segundo o levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa.

Com informações do G1

Paulo Guedes anuncia retomada da agenda de privatizações no próximo mês

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na quinta-feira (7) que o governo federal retomará a agenda de privatizações de quatro grandes empresas estatais no prazo de 30 a 60 dias. O ministro fez o anúncio durante um evento organizado pela Fundação Internacional pela Liberdade, organização de extrema-direita presidida pelo Nobel de Literatura, o escritor peruano Mario Vasgas Llosa.

Guedes afirmou ainda que acredita que poderá contar com o apoio do Congresso na decisão e que o presidente Jair Bolsonaro dá o aval para que o governo siga com as privatizações e as reformas neoliberais. Ele não nominou que empresas serão privatizadas nesse primeiro lote.

O ministro ainda falou da situação fiscal provocada pelo surgimento da pandemia de Covid-19. “Perdemos um ano em termos de espaço fiscal, mas nós ganhamos milhões de vidas, a economia continuou com os sinais vitais preservados. Então, estou dizendo que o Brasil vai surpreender o mundo de novo. Surpreendeu no ano passado, quando nós fizemos uma reforma difícil [da Previdência], e vamos surpreender de novo deste ano, porque estamos votando propostas”, disse o ministro.

De acordo com Guedes, o Brasil deverá fechar 2020 com o déficit primário – receitas menos despesas, sem considerar gastos com juros – em cerca de 11%. A meta do governo era de manter a taxa em 1%.