Joice Hasselmann condenada por danos morais vai desembolsar R$ 30 mil

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) anda colecionando notícias ruins na arena política e judicial. Agora, a 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aumentou o valor para R$ 30 mil da indenização que a parlamentar terá que pagar ao empresário Hermes Freitas Magnus.

A deputada foi processada pelo conteúdo de seu livro “Delatores – a queda dos investigados na Lava Jato”. Ao entrar com a ação em 2018, quando Joice ainda era candidata, o empresário afirmou que ela o retratou como alguém envolvido em um esquema criminoso. Magnus, no entanto, alega ter sido vítima.

No processo, o empresário chegou a pedir uma indenização de R$ 2 milhões, mas a Justiça, no entanto, havia condenado a deputada a pagar R$ 20 mil.

Ao analisar o caso, a turma do TJ votou por unanimidade por aumentar o valor da indenização.

Além disso, na política, Joice oscila em torno de 1% nas pesquisas eleitorais para a disputa pela prefeitura de São Paulo.

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Bolsonaro põe Centrão na liderança do governo na Câmara

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou às origens, o Centrão, ao nomear o deputado Ricardo Barros (PP-PR) para a liderança do governo na Câmara. Embora a decisão tenha ocorrido nesta quarta-feira (12), o ato ainda será oficializado pelo Palácio do Planalto. A publicação no Diário Oficial da União será na próxima terça-feira, dia 18 de agosto.

Ex-ministro da Saúde no governo Michel Temer (MDB), Barros é um dos expoentes do Centrão e vai entrar no lugar do deputado Vitor Hugo (PSL-GO). Ou seja, os bolsonaristas raízes estão sendo substituídos pelos “profissionais” e as integrantes da “velha política” que Bolsonaro jurava combater.

Ricardo Barros, pelo Twitter, agradeceu ao convite de Bolsonaro e, com isso, antecipou a demissão de Hugo.

“Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro pela confiança do convite para assumir a liderança do governo na Câmara dos Deputados com a responsabilidade de continuar o bom trabalho do Líder Vitor Hugo, de quem certamente terei colaboração. Deus me ilumine nesta missão”, tuitou Barros.

O atual líder Vitor Hugo não passou recibo. Também pelo Twitter, o ainda líder do governo escreveu: “Muitos desafios superados e grande amadurecimento. Desejo toda sorte ao novo líder Ricardo Barros, que contará com meu total apoio”.

Quando era deputado, Jair Bolsonaro era o Centrão. O grupo fisiologista nunca saiu do presidente da República e o presidente da República nunca saiu do Centrão. Eles são a mesma coisa, a exemplo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (MDB-PR), que, informalmente, lidera o Centrão.

Embora o governo possa indicar até 15 vices-líderes na Câmara, pelo seu perfil, Ricardo Barros deverá engolir os demais “franguinhos” bolsonaristas.

Nos últimos dias, o presidente Bolsonaro inciou a higienização dos cargos de vice-líder na Câmara. Ele já removeu da função os deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), Bia Kicis (PSL-DF), Carlos Henrique Amorim (DEM-TO) e José Alves Rocha (PL-BA).

Bolsonaro tende a abrir mais espaços para o Centrão, pois, a médio prazo, ele teme manifestações populares pelo impeachment.

O Centrão, no entanto, não é sinônimo de conforto. Pelo contrário. Que o diga a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).