Mentor dos Bolsonaro e de Trump, Steve Bannon é preso nos EUA

O estrategista e marqueteiro Steve Bannon, que foi conselheiros do presidente Donald Trump além de ter contribuído para a eleição de Jair Bolsonaro, foi preso nesta nesta quinta-feira (20).

Ele é acusado do crime de conspiração para cometer fraude para custear uma campanha de apoio à construção do muro entre os Estados Unidos e o México. A informação foi dada Departamento de Justiça dos EUA nesta quinta-feira (20).

A campanha “We Built That Wall” (nós construímos o muro) arrecadou US$ 25 milhões (cerca de R$ 142 milhões).

Promotores federais em Nova York anunciaram que Bannon foi acusado em uma acusação em conjunto com Brian Kolfage, Andrew Badolato e Timothy Shea.

Bannon é o cérebro por trás das estratégias de marketing digital baseado em notícias falsas, mensagens dirigidas e robôs para disseminação de ataques. Essas estratégias de campanha foram vitais para a eleição de Donald Trump e Jair Bolsonaro; além da ascensão da extrema-direita em todo o mundo.

LEIA TAMBÉM

Economia

Com informações do G1.

Steve Bannon põe um pé no Itamaraty

Um executivo do mercado financeiro dos Estados Unidos e com conexões com o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, e com o ex-assessor da Casa Branca Steve Bannon, pode ganhar um cargo de confiança no Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Com pai brasileiro e mãe norte-americana, Gerald Brant, está cotado para participar dentro do Itamaraty como uma espécie de conselheiro e assessor especial do chanceler Ernesto Araújo, segundo informações publicadas pelo jornal Valor Econômico nesta sexta-feira (5).

Brant é hoje diretor de uma empresa de investimentos em Wall Street, em Nova York, e possui fortes laços com Bannon, ex-assessor do presidente estadunidense Donald Trump e ainda hoje tido como um dos principais líderes da direita conservadora internacional.

De acordo com o jornal, foi Brant quem introduziu Bolsonaro aos círculos de investidores internacionais, ainda na época da campanha eleitoral de 2018. Além disso, ele é amigo do filho mais velho do presidente brasileiro há anos.

Um momento que mostrou a forte proximidade entre Brant, o clã Bolsonaro e Bannon foi o jantar oferecido em março de 2019 ao astrólogo e escritor Olavo de Carvalho, tido como o líder ideológico do bolsonarismo. O evento foi realizado na embaixada brasileira em Washington.

LEIA TAMBÉM
A queda de Lula e do PT, segundo Cappelli

Bolsonaro diz que manifestantes pró-democracia são ‘marginais, terroristas, desocupados e maconheiros’

Gleisi diz que é melhor cassar a chapa Bolsonaro e Mourão

Trump “comunista” disse que EUA teriam 2,5 milhões de mortos por Covid-19 se tivessem agido como Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (5) que seu país poderia ter tido 2,5 milhões de mortos por coronavírus se tivesse agido como o Brasil.

Por causa da declaração do presidente americano, o “gabinete do ódio” bolsonarista não perdeu a chance de rotulá-lo de “comunista” nas redes sociais. O assunto é um dos mais discutidos desta tarde no Twitter.

“Acho que todos acreditam que o mínimo que seríamos atingidos, como eles dizem… Se você olhar para o Brasil, eles estão passando por dificuldades. A propósito, eles estão seguindo o exemplo da Suécia, que também está passando por dificuldades terríveis. Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido um milhão, um milhão e meio, talvez dois milhões e meio de vidas ou até mais”, disse Trump.

A fala do presidente americano teve forte impacto nos meios sanitários e político brasileiro. O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) fez questão de registrar:

“Trump acaba de dar uma forte pancada em Bolsonaro! Disse que, se tivesse agido como o Brasil, os EUA chegariam a 2,5 milhões de mortos. Até o aliado de Bolsonaro reconhece a desgraça que é o governo! Bolsonaro envergonha o Brasil. Precisamos voltar a ser um bom exemplo pro mundo”, afirmou o parlamentar socialista.

O Brasil chegou a terceiro país com mais mortes no mundo 79 dias depois do registro da primeira vítima da Covid-19, em 17 de março. O país acumula 34.021 vidas perdidas durante a pandemia e está atrás apenas do Reino Unido e dos Estados Unidos.

Nesta sexta, são 621.877 casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil, segundo as secretarias de saúde e o Ministério da Saúde.

Assista ao trecho da fala de Trump: