Cédula de R$ 200, para Bolsonaro ‘capitalizar’ auxílio emergencial, será cinza, informa BC

A nova cédula de R$ 200, com lançamento previsto para o final do mês de agosto, será cinza com detalhes amarronzados, caso o modelo teste seja aprovado pelo Banco Central. O governo Bolsonaro tem pressa para colocar a nota de R$ 200 em circulação, já que a maioria dos beneficiários do auxílio-emergencial concedido durante a pandemia de Covid-19 preferem receber o dinheiro em espécie.

Segundo a Casa da Moeda, responsável pela emissão da nova cédula, as opções da moeda apresentadas pelo BC estão em fase final de testes.

O lobo-guará foi o animal eleito em uma consulta realizada pelo Banco Central para estampar a nota.

O presidente Bolsonaro, já em campanha para a reeleição, pretende capitalizar politicamente o auxílio emergencial e a nova “cédula-panfleto” visa reforçar a vinculação de seu governo com a população mais pobre.

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Centrais sindicais farão protesto no dia 7 de agosto em defesa da vida e dos empregos

As principais centrais sindicais do país realizam na próxima sexta-feira, dia 7 de agosto, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos.

A data deverá ser marcada por paralisações de 100 minutos nos locais de trabalho como protesto pela morte de 100 mil brasileiros e brasileiras, vítimas do novo coronavírus (Covid-19), número que deverá atingido ainda esta semana, se o país mantiver o patamar de mais mil vidas perdidas diariamente.

“A tragédia que se abate no país também atinge, além da centena de milhares de vidas perdidas, a classe trabalhadora, a soberania nacional e a democracia, já que o governo Bolsonaro vem sistematicamente entregando as riquezas brasileiras ao capital externo, promovendo processos de privatização com graves prejuízos à Nação, retirando direitos dos trabalhadores, sem gerar emprego e renda e, por isso, o lema do dia 7 é também em defesa dos empregos”, ressaltam.

Além do protesto contra as mortes, haverá outras manifestações articuladas entre as centrais e as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. Os organizadores orientam a realização de ações simbólicas nas principais cidades do Brasil.

Entre as sugestões estão: – A instalação de cruzes brancas em locais de grande circulação de pessoas ou em pontos turísticos das cidades, circundando uma faixa (da cor preta) com a inscrição Fora Bolsonaro (em branco);

– Realizar ações nas ruas com a identidade visual da campanha como colagem de lambe, “adesivaços”, faixas em viadutos e circular com carro de som nas comunidades. Todos esses materiais estão disponíveis em um kit mídia no site da Campanha (https://www.campanhaforabolsonaro.com.br/);

– Organizar carreatas pelas principais avenidas com carros identificados com a campanha Fora Bolsonaro, conduzidos por um carro de som. Todas as ações acima devem respeitar os cuidados sanitários e de distanciamento social;

– Estimular que todas as pessoas coloquem um pano preto nas janelas de suas casas como simbologia de adesão à campanha e, por fim, participar e divulgar o tuitaço que será realizado às 11 horas do dia 07 de agosto.

Os representantes das entidades e movimentos sociais, bem como as centrais sindicais, também definiram alguns desafios políticos e organizativos, para potencializar a Campanha ‘Fora, Bolsonaro’ com as seguintes bandeiras:

– Repudiar a iniciativa de prefeitos e governadores que já planejam e até fixaram data para retorno presencial dos alunos às aulas;

– Exigir das autoridades os equipamentos de proteção individual e coletivo para os trabalhadores das categorias essenciais, em especial os da área de saúde;

– Lutar pela manutenção do auxílio emergencial de R$ 600,00, no mínimo, até 31 de dezembro de 2020;

– Ampliar as parcelas do seguro desemprego;

-Liberar crédito para as micro e pequenas empresas;

– Fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS);

– Agir para que o Congresso Nacional derrube os vetos presidenciais que impedem a garantia dos direitos conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras e seus sindicatos, por meio da ultratividade, dos acordos e convenções coletivas de trabalho.

*Com informações da CUT