Bolsonaro vira tema de campanha eleitoral nos Estados Unidos

A política neoliberal e de extrema direita de Jair Bolsonaro (sem partido) virou tema da campanha presidencial nos Estados Unidos.

Aliado de primeira hora do atual mandatário republicano Donald Trump, o brasileiro está sendo usando como “âncora” –no sentido literal da palavra– na corrida pela Casa Branca.

As agências de notícias mundiais afirmam que ao formar a cabeça de chapa presidencial democrata com a senadora Kamala Harris, “o democrata Joe Biden lidera uma coalizão política mais frontalmente contrária a um presidente brasileiro na história das eleições dos Estados Unidos.” Bingo!

Numa campanha eleitoral é fundamental a presença de um “idiota” a ser combatido. E Bolsonaro é o “idiota” perfeito na disputa presidencial americana. Desculpe o leitor, mas isso é uma discussão de marketing político.

De acordo com a BBC Brasil, tanto Biden quanto Kamala fizeram críticas abertas, repetidas e nominais a Jair Bolsonaro nos últimos meses, em um movimento considerado pelos especialistas como sem precedentes nas relações entre os dois países. Isso é campanha.

“É a primeira vez na história das eleições americanas que vemos uma chapa presidencial, tanto com candidato à presidente quanto com o nomeado a vice, se colocar tão claramente contra um governo brasileiro. O fato de Biden e Kamala estarem confortáveis de apontar o dedo para Bolsonaro em suas críticas mostra que desejam dar a ele um caráter de caudilho latino americano, colocá-lo na posição de pária internacional”, afirmou à BBC o professor de relações internacionais da FAAP Carlos Gustavo Poggio, especialista em Estados Unidos.

Economia

Bolsonaro virou um peso morto nas relações internacionais. Nas últimas disputas presidenciais, a exemplo da argentina, seu apoio pesava contra. Vide a derrota de Mauricio Macri, que, na reta final, implorou pelo silêncio de seu homólogo brasileiro. Ou seja, Jair Bolsonaro “atuou” como cabo eleitoral contrário. Esse será o papel do presidente brasileiro na campanha de Donald Trump nos EUA, portanto.

Os riscos dos democratas parecem ser bem calculados, pois a popularidade de Jair Bolsonaro, no Brasil, subiu apesar do aumento de mortes [mais de 107 mil] em virtude do novo coronavírus.

LEIA TAMBÉM

 

JN prepara “bomba” contra Bolsonaro

O Palácio do Planalto aguarda uma “bomba” do Jornal Nacional, da Globo, para as próximas horas. A principal aposta é em torno do caso Queiroz.

A subida da aprovação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mexeu com o humor na direção da emissora. O Datafolha e a Paraná Pesquisas afirmam que o “Coiso” num esteve tão bem quanto agora.

O contra-ataque da Globo, por meio do JN, tornou-se inevitável com a delação de Dario Messer na Lava Jato.

Segundo o doleiro dos doleiros, ele realizou entrega de pacotes de dinheiro dentro da sede da Rede Globo, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Messer afirma que um funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 mil e 300 mil dólares aos Marinho.

Gleisi defende validade de delação de Dario Messer contra Globo

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), defendeu neste sábado (15) a validade da delação premiada do doleiro Dario Messer contra os donos da Rede Globo.

A dirigente petista ironiza a emissora dos Marinho que pedem a presunção de inocência diante da homologação da delação de Messer pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, no âmbito da Lava Jato.

“Agora, para a Globo, palavra de delator não vale”, disse Gleisi. “Família Marinho nega ter recebido dinheiro do doleiro e diz que não há provas”, estranha a parlamentar do PT.

“Haverá investigações? Consequências jurídicas? Ou ficará como um causo do instituto da delação, tão defendido pela emissora?”, disparou Gleisi Hoffmann.

Segundo delação de Dario Messer, o doleiro dos doleiros afirmou que realizou repasses de dólares em espécie para os Marinho em várias ocasiões. De acordo com o delator, a entrega dos pacotes de dinheiro acontecia dentro da sede da Rede Globo, no Jardim Botânico. Messer diz que um funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 mil e 300 mil dólares.

Além de Gleisi, outras lideranças do PT também se manifestaram sobre a reivindicação da Globo pela presunção de inocência. Para os petistas, nesse caso, há uma presunção de verdade na delação do doleiro porque é assim que a família Marinho age deslealmente com os adversários político.