Bolsonaro diz que não perde o “Fantástico” deste domingo (16/08/2020)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que não perde de jeito nenhum o programa Fantástico, da Globo, porque tem a expectativa que a emissora se explique sobre a delação de Dario Messer.

O presidente publicou em suas redes sociais que está “aguardando” o Fantástico.

Segundo o doleiro dos doleiros, Dario Messer, outrora inesgotável fonte da Lava Jato, delatou os donos da emissora. Segundo seu depoimento no Ministério Público Federal do Rio, semanalmente, ele [Messer] deixava entre 50 mil e 300 mil dólares para os Marinhos. Uma bomba, portanto.

Bolsonaro faz as contas. Se semanalmente Dario Messer deixava 300 mil dólares, em um mês isso significaria 1,2 milhão de dólares. Em 30 anos, 324 milhões de dólares, ou R$ 1,75 bilhão.

“R$ 1,75 bilhão. É o valor que pode ter sido repassado, em dinheiro vivo à família Marinho da Globo, segundo o doleiro Dario Messer”, tuitou.

O presidente Jair Bolsonaro, enquanto aguarda o “Fantástico”, no Palácio da Alvorada, pediu para que a primeira-dama Michelle Bolsonaro estourasse pipoca e abrisse uma tubaína.

Economia

O programa Fantástico vai ao ar às 20h e termina às 22h40.

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PF desmente delação de Palocci contra Lula, enquanto Globo sangra com delação de doleiro

O ex-ministro Antonio Palocci, da Fazenda, mentiu na delação premiada que fez para a Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A conclusão é da Polícia Federal, que encerrou um inquérito na semana passada, segundo a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

No ano de 2018, “Italiano”, codinome dado pela força-tarefa de Curitiba, disse que o banqueiro André Esteves, do BTF, gerenciava uma conta de propinas para Lula. A delação foi vazada nas vésperas das eleições presidenciais, o que facilitou a vitória de Jair Bolsonaro, então no PSL, ante o oponente Fernando Haddad (PT).

A PF concluiu que as histórias contadas por Palocci eram fake news cujo material pode ser encontrado na internet e em matérias de jornais (sic).

De acordo com o delegado da PF, Marcelo Daher, as informações dadas por Palocci em sua delação parecem todas terem sido encontradas em pesquisas de internet, sem acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais. Ou seja, são notícias falsas que Globo e os jornalões disseminaram para fraudar as eleições presidenciais de 2018.

O inquérito policial não deixa margem a dúvidas acerca da fake news: “as notícias jornalísticas, embora suficientes para iniciar o inquérito policial, parece que não foram corroboradas pelas provas produzidas, no sentido de dar continuidade à persecução penal”

Palocci tinha contado à Lava Jato que, a partir de fevereiro de 2011, André Esteves “teria passado a ser o responsável por movimentar e ocultar os valores recebidos” pelo ex-presidente Lula, “a título de corrupção e caixa dois, em contas bancárias abertas e mantidas no BTG Pactual S/A, em nome de terceiros”.

O banqueiro André Esteves teria depositado para Lula, num primeiro momento, R$ 10 milhões “de vantagens indevidas” para garantir influência no governo federal.

Em troca, segundo Palocci, o BTG receberia informações privilegiadas de decisões do Banco Central sobre taxas de juros. E depois dividiria parte dos lucros bilionários em operações com Lula, depositando os recursos em contas de terceiros.

Palocci, além de mentir sobre Lula, também implicou na trama da Lava Jato o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e o pecuarista José Carlos Bumlai.

O delatar disse à Lava Jato, que presumira ser verdade, por ser contra petistas, que Esteves administrava as propinas por meio do Fundo Bintang e que Lula tinha R$ 300 milhões repassados pela Odebrecht.

Uma história e tanto, porém não se sustentou nos fatos.

Por outro lado, a TV Globo continua sangrando com a delação premiada do doleiro Dario Messer. Partido da premissa da Lava Jato e da emissora dos Marinho, presume-se verdadeiro os termos da delação homologada na semana passada pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, a Lava Jato fluminense.

Pela delação do doleiro, semanalmente ele [Messer] deixava entre 50 mil e 300 mil dólares para os Marinhos. Uma bomba, portanto.

Bolsonaro faz as contas. Se semanalmente Dario Messer deixava 300 mil dólares, em um mês isso significaria 1,2 milhão de dólares. Em 30 anos, 324 milhões de dólares, ou R$ 1,75 bilhão.

“R$ 1,75 bilhão. É o valor que pode ter sido repassado, em dinheiro vivo à família Marinho da Globo, segundo o doleiro Dario Messer”, tuitou.

“Aguardando o Fantástico“, ironizou o presidente da República, referindo-se ao programa dominical da Globo.