Bolsonaro assina decreto para privatização do Parque Nacional de Brasília

O presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que incluiu o Parque Nacional de Brasília (PNB) no âmbito do chamado Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (10).

O decreto vai tirar do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a incumbência de cuidar das operações de preservação e manutenção do parque.

O Parque Nacional de Brasília abrange as regiões administrativas de Brasília, Sobradinho e Brazlândia, além do município goiano de Padre Bernardo.

Criado pelo Decreto Federal n.º 241, em 29 de novembro de 1961, com cerca de 30 mil hectares, o PNB teve os limites redefinidos pela Lei Federal nº 11.285, de 8 de março de 2006. Atualmente, o parque conta com uma área de 42.389,01 hectares.

A principal atração do parque é a parte das duas piscinas. Elas se formaram a partir dos poços de água, que surgiram às margens do Córrego Acampamento, pela extração de areia feita antes da implantação de Brasília.

O Parque Nacional Brasília protege ecossistemas típicos do cerrado do Planalto Central e abriga as bacias dos córregos formadores da represa Santa Maria, responsável pelo fornecimento de 25% da água potável que abastece a capital federal.

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Deslizamento na Mangueira: 22 casas são interditadas

A Defesa Civil municipal ampliou ontem (9) para 22 os imóveis interditados na favela da Mangueira, por causa do deslizamento ocorrido na madrugada de sexta-feira (7). Segundo o Centro de Operações (COR) da prefeitura, não há mais interdições na Rua Visconde de Niterói, ao lado da comunidade.

No total, 12 casas foram atingidas e cinco tinham sido interditadas de forma preventiva. Mas, ontem (9), os técnicos da Fundação Instituto de Geotécnica (Geo-Rio) pediram que a interdição fosse ampliada para 22 imóveis, até que seja feito o diagnóstico geológico da área, trabalho que começa hoje (10).

De acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, as 17 famílias afetadas pela nova interdição retiraram os pertences do local ontem e foram para casas de parentes. Elas serão atendidas hoje no Centro de Referência de Assistência Social Adalberto Ismael de Souza, mas não demonstraram interesse por abrigo.

“No caso das cinco residências que já estavam interditadas, quatro famílias desalojadas foram para residências de parentes e uma está em casa cedida pela Associação de Moradores. Nenhuma delas quis acesso a cestas básicas. A secretaria mantém contato direto com a Associação de Moradores, que também atua no apoio às famílias”, informou a prefeitura.

A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) já removeu 125 toneladas de resíduos do local e continua com o trabalho nos próximos dias. Há suspeitas de que ligações clandestinas de água e esgoto possam ter provocado o acidente.