MEC demite assessores ligados ao grupo de Olavo de Carvalho

O Ministério da Educação (MEC) demitiu de uma só vez todos assessores vinculados ao grupo do jornalista Olavo de Carvalho, guru do clã Bolsonaro. Eles foram levados para o ministério pelo ex-ministro Abraham Weintraub, um ex-aluno de Olavo.

Sérgio Sant’anna, que chegou a ser cotado para ministro da Educação, além de Auro Hadano, Victor Metta e Eduardo Celino tiveram as exonerações publicadas no Diário Oficial da União, desta segunda-feira (27), assinadas pela novo número dois da pasta, Victor Godoy Veiga.

Coronel Paulo Roberto, que é considerado da ala militar e fazia parte da gestão Weintraub, foi o único a continuar no posto.

O ministro já indicou os substitutos dos olavistas demitidos.

Milton Ribeiro ainda se recupera da Covid-19.

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Flávio Dino propõe pacto entre o “vírus” e a “vacina” em carta para Bolsonaro

O governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), cheio de boas intenções, enviou nesta segunda-feira (27) uma carta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) propondo um entendimento para gerar empregos durante a pandemia do novo coronavírus. Muitos acreditam que é impossível forjar um pacto entre o “vírus” e a “vacina”, qual seja, entre o neoliberalismo e o desenvolvimento.

A despeito da boa intenção de Dino, Guedes e Bolsonaro fizeram uma opção genocida pelos bancos e especuladores em detrimento da produção e o emprego. A “Carta ao Povo do Deus”, assinada por 152 bispos da Igreja Católica, faz essa contundente denúncia ao afirmar que “o governo faz uma economia que mata” as pessoas.

Voltemos à missiva de Flávio Dino, o decente, porém ingênuo.

O governador do Maranhão propõe uma “frente ampla” com a participação do “sapo” e do “escorpião” –personagens de uma fábula.

Flávio Dino sugeriu um encontro com governadores, presidentes de confederações empresariais e centrais sindicais. O nome da concertação seria “Pacto Nacional pelo Emprego” cujo objetivo seria tomar medidas emergenciais para gerar emprego e renda.

A retomada do desenvolvimento só será possível com o fim do governo Bolsonaro.

O presidente da República não eleva atualmente a pobreza e a miséria do povo brasileiro por imperícia, por incompetência, mas por uma decisão política.

O aumento do desemprego e das desigualdades sociais no País são anteriores à pandemia, logo foram deliberadas e potencializadas no quadro de Covid-19.

Ao invés de propor uma frente ampla, os governadores e sindicalistas deveriam dar voz de prisão a Bolsonaro e Guedes pelos crimes continuados que cometem –segundo a denúncia protocolizada no Tribunal Penal Internacional, em Haia, nos Países Baixos.

A íntegra da carta:

ESTADO DO MARANHÃO

GABINETE DO GOVERNADOR

Ofício nº 140/2020-GG

São Luís, 27 de julho de 2020.

A Sua Excelência o Senhor

JAIR BOLSONARO

Presidente da República

Praça dos Três Poderes, Palácio do Planalto, 3º andar, Sala 306.

Brasília – DF, 70150-900

Assunto: Reunião com governadores, presidentes das confederações empresariais e centrais sindicais. Pacto Nacional Pelo Emprego.

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

A pandemia causada pelo novo coronavírus impôs aos governantes desafios de ordem humanitária, sanitária e econômica sem precedentes.

No Brasil, o último boletim Focus divulgado pelo Banco Central aponta uma estimativa de retração do PIB de 5,95% em 2020, a maior queda da nossa história.

O desemprego no país subiu para 12,9%, indicando o fechamento de milhões de postos de trabalho com relação ao trimestre anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE no último dia 30 de junho. O mesmo instituto aponta que mais de 700 mil empresas fecharam as portas até a primeira quinzena de junho.

Conforme entrevista publicada hoje, o Sr. Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, antecipa que haverá crescimento da taxa de desemprego no 2º semestre.

Penso que precisamos planejar com urgência medidas para evitar o cenário projetado pela citada autoridade federal.

Considerando este cenário desafiador, gostaria de sugerir uma reunião liderada por V. Exa. com os governadores e os presidentes das confederações empresariais e centrais sindicais para que possamos construir um “Pacto Nacional Pelo Emprego”, com medidas emergenciais de geração de emprego e renda.

Neste encontro, também seria de extrema importância a apresentação de propostas para proteção dos pequenos e microempresários, assim como um plano de obras públicas, indispensável para recolocar o país no ritmo do crescimento.

Atenciosamente,

FLÁVIO DINO

Governador do Estado Maranhão