O governo bolivariano da Venezuela demandou, nesta quinta-feira (2), uma rigorosa investigação para determinar as “responsabilidades pelo roubo” de ouro da Venezuela pelo Banco da Inglaterra. O pedido acontece após um juiz britânico decidir em favor do opositor Juan Guaidó, o autoproclamado presidente interino da Venezuela.
O Banco da Inglaterra (BoE) recusou o pedido da Venezuela para entregar as 30 toneladas de ouro, de valor estimado em cerca de US$ 2 bilhões de suas próprias reservas em barras de ouro.
Em dezembro do ano passado, Maduro declarou que seu país tem o direito de vender seu ouro independentemente das sanções dos Estados Unidos.
Guaidó comemorou a decisão, dizendo se tratar de uma “grande vitória” para o reconhecimento internacional de seu governo e para proteger os bens do país no exterior. “O principal é que [o ouro] está protegido das garras da ditadura”, afirmou, acrescentando que, por ora, as barras de ouro permanecerão nos cofres do BoE.
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Em abril deste ano, Caracas tentou mais uma vez reaver o ouro junto ao banco britânico, alegando desta vez que usaria os valores para financiar a luta contra a covid-19 no país.
“O governo de Maduro tem controle total da Venezuela e suas instituições administrativas, e somente ele pode garantir a distribuição de ajuda humanitária e recursos médicos necessários para combater a pandemia de coronavírus”, disse o advogado de Maduro, Sarosh Zaiwalla. “Essa decisão atrasará ainda mais as coisas em detrimento do povo venezuelano, cujas vidas estão em perigo.”
O governo constitucional do presidente Nicolás Maduro tem o prazo de 21 dias para entrar com recurso contra a decisão que, na prática, pilha os recursos da Venezuela.
*Com informações de agências internacionais
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.