A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta terça-feira (21) 15 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão temporária em investigação que apura suposto caixa 2 na campanha de José Serra ao Senado em 2014.
A operação da PF é uma nova fase da Lava Jato e é feita em conjunto com o Ministério Público Eleitoral (MPE).
As investigações apontam que Serra não declarou R$ 5 milhões que recebeu para sua campanha ao Senado em 2014. Os mandados estão sendo cumpridos no estado de São Paulo e no Distrito Federal.
Um dos mandados de prisão é contra o empresário José Seripieri Júnior, fundador e ex-presidente da Qualicorp.
As investigações começaram em maio de 2020, com denúncia contra Paulo Skaf. Depois, outras 2 operações foram deflagradas, contra o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade), e contra o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB).
No início do mês, Serra já havia sido alvo da Lava Jato. Na ocasião, a força-tarefa investiu contra o senador tucano por suspeita de lavagem de dinheiro no exterior.
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Sobre a operação Paralelo 23:
- Serra, que havia sido denunciado por lavagem de dinheiro no início do mês (leia mais abaixo), é um dos alvos de mandados de busca e apreensão.
- Foram expedidos mandados para serem cumpridos no gabinete de Serra no Senado, no apartamento funcional dele em Brasília e em dois imóveis do senador em São Paulo.
- Investigações apontam doações por meio de operações financeiras e societárias simuladas, que ocultavam a origem ilícita dos R$ 5 milhões recebidos.
- Segundo investigações, o empresário José Seripieri Júnior, fundador e acionista da Qualicorp, grupo que comercializa e administra planos de saúde coletivos, determinou doações não contabilizadas a Serra em duas parcelas no valor de R$ 1 milhão e uma de R$ 3 milhões.
- Ao todo, são cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Brasília, Itatiba e Itu.
- O empresário José Serpieri Júnior, sócio e fundador da Qualicorp, foi preso.
- Até por volta de 8h45, três pessoas haviam sido presas; entre elas Artur Azevedo. Ele teria pedido a prisão domiciliar por motivos de saúde, segundo o MP.
- Também foi determinado pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral o bloqueio judicial de contas bancárias dos investigados.
- Arthur Azevedo Filho
- Mino Mattos Mazzamati
- Rosa Maria Garcia
Segundo a operação, os investigados responderão por pelos crimes descritos abaixo, com penas de 3 a 10 anos de prisão:
- associação criminosa (artigo 288 do Código Penal)
- falsidade ideológica eleitoral (artigo 350 do Código Eleitoral)
- lavagem de dinheiro (artigo 1º da Lei nº 9.613/1998)
Com informações do G1.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.