O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) possa escolher a forma como prefere depor no inquérito que apura suposta interferência na Polícia Federal (PF).
Em parecer enviado à Corte, Aras diz que o presidente tem o direito de optar por enviar uma manifestação por escrito, ir pessoalmente ou mesmo ficar em silêncio.
A consulta ao procurador-geral foi feita pelo relator do caso no STF, ministro Celso de Mello, que decidirá como Bolsonaro será ouvido no processo.
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A investigação foi autorizada pelo Supremo em 27 de abril, três dias após o então ministro da Justiça, Sérgio Moro, ter anunciado a demissão do cargo. Na ocasião, Moro disse que Bolsonaro interferiu na PF ao demitir o então diretor-geral da instituição, Maurício Valeixo.
O primeiro a ser ouvido no inquérito foi o próprio Moro, no dia 2 de maio. Na sequência, a PF ainda tomou mais de dez depoimentos, entre ministros, delegados e políticos aliados do presidente.
Com informações do Estadão.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.