Defensores do AI-5, bolsonaristas reclamam de censura nas redes sociais

No último ano e meio, a militância bolsonarista encheu o saco do Brasil defendendo dentre outras coisas a intervenção militar e a implantação do AI-5, o famigerado Ato Institucional nº 5, editado no final de 1968, que censurava a imprensa, proibia reunião pública, cassava direitos político e fechava o Congresso Nacional.

Pois bem, nessa sexta-feira (24) esses mesmos bolsonaristas acusam o ministro do STF, Alexandre de Moraes, de reeditar o AI-5. A grita da extrema direita ocorre porque o relator do inquérito das fake news na corte suprema determinou que o Twitter retirasse do ar 16 perfis que disseminam ódio e notícias falsas.

“O ditador togado Alexandre de Moraes bloqueou as mídias de várias pessoas, no inconstitucional inquérito AI5 do STF”, atacou o deputado Filipe Barros (PSL-PR). “A liberdade de expressão nunca foi tão violada como atualmente. NUNCA. Nem no regime militar. E pior: violada por quem mais deveria protegê-la”, comparou o parlamentar, que pediu “Fora, Moraes”.

A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) ironizou o esperneio da direita bolsonarista com retirada de contas do ar pelo Twitter. “Bolsonaristas que pediam por um AI-5 agora gritam ‘censura’!”

Na tarde de hoje, o Twitter “reteve” ao menos 16 contas por determinação do Supremo Tribunal Federal.

Veja quem foi defenestrado na rede social:

Economia

  • Roberto Jefferson, ex-deputado e presidente nacional do PTB
  • Luciano Hang, empresário
  • Edgard Corona, empresário
  • Otávio Fakhoury, empresário
  • Edson Salomão, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia
  • Rodrigo Barbosa Ribeiro, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia
  • Bernardo Küster, blogueiro
  • Allan dos Santos, blogueiro
  • Winston Rodrigues Lima, militar da reserva
  • Reynaldo Bianchi Júnior, humorista
  • Enzo Leonardo Momenti, youtuber
  • Marcos Dominguez Bellizia, porta-voz do movimento Nas Ruas
  • Sara Giromini
  • Eduardo Fabris Portella
  • Marcelo Stachin
  • Rafael Moreno

Além do Twitter, o ministro Alexandre de Moraes mandou o Facebook também retirar do ar 10 perfis de pessoas ligadas ao gabinete do ódio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A multa diária é de R$ 20 mil para a empresas que descumprir a ordem judicial.

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Deu ruim para o empresário Luciano Hang, o Véio da Havan, dono da rede de Lojas Havan, e mais 15 bolsonaristas tiveram a conta do Twitter tiradas do ar por decisão da Justiça.

O Twitter defenestrou nesta sexta-feira (24) 16 contas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das fake news.

Ao todo, foram “retidas” – de acordo com a mensagem que aparece na própria rede social – 16 perfis de investigados no inquérito das Fake News no STF.

os perfis tirados do ar pelo Twitter:

  • Roberto Jefferson, ex-deputado e presidente nacional do PTB
  • Luciano Hang, empresário
  • Edgard Corona, empresário
  • Otávio Fakhoury, empresário
  • Edson Salomão, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia
  • Rodrigo Barbosa Ribeiro, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia
  • Bernardo Küster, blogueiro
  • Allan dos Santos, blogueiro
  • Winston Rodrigues Lima, militar da reserva
  • Reynaldo Bianchi Júnior, humorista
  • Enzo Leonardo Momenti, youtuber
  • Marcos Dominguez Bellizia, porta-voz do movimento Nas Ruas
  • Sara Giromini
  • Eduardo Fabris Portella
  • Marcelo Stachin
  • Rafael Moreno

Entre as contas suspensas, estão a da ativista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, do ex-deputado Roberto Jefferson, e dos blogueiros Allan dos Santos e Bernardo Küster.

Em nota, a rede social afirmou que a suspensão das contas atende decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). “O Twitter agiu estritamente em cumprimento a uma ordem legal proveniente de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF)”, informou a empresa.

Em maio, o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas nas redes sociais “para a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”.

Em comum, todos os que tiveram a “conta retida” pelo Twitter, por determinação do Supremo, tem ligação com o gabinete do ódio no governo Jair Bolsonaro.