Bolsonaro derruba deputada Bia Kicis da vice-liderança do governo no Congresso

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defenestrou nesta quarta-feira (22) a deputada Bia Kicis (PSL-DF) da função de vice-líder do governo no Congresso Nacional. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Bia Kicis é uma das principais aliadas de Bolsonaro na Câmara e está no primeiro mandato de deputada. A mensagem no DOU não explica o motivo da saída da parlamentar bolsonarista.

A mudança foi feita um dia após a votação do Fundo de Desenvolvimento da Educação (Fundeb), pela Câmara.

Bia Kicis votou contra a renovação do fundo, enquanto Bolsonaro afirma que o governo mostrou “responsabilidade” ao, segundo ele, votar a favor da proposta.

A votação do Fundeb foi apenas o pretexto da saída de Bia Kicis da vice-liderança no Congresso.

A derrubada de Bia Kicis tem como objetivo agasalhar membros do Centrão, origem política do presidente Bolsonaro e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que chefia ocultamente o grupo fisiologista.

Economia

Os partido que integraram o Centrão também estiveram presentes nos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).

O Palácio do Planalto decidiu trocar vice-líderes em meio ao cenário de avanço, no Supremo Tribunal Federal (STF), do chamado inquérito das fake news, que apura a disseminação de conteúdo falso na internet.

Além de Bia Kicis, Bolsonaro ainda removeu de uma das vices-lideranças o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).

Em comum, os bolsonaristas Silveira e Kicis, açularam ódio de militantes de extrema direita contra o Congresso e o STF –enquanto defendiam Bolsonaro.

As demissões de Kicis e Silveira das vices-lideranças do governo foram o prêmio recebido pela fidelidade canina ao presidente Jair Bolsonaro.

Resumo da ópera: a remoção de fundamentalistas do entorno de Bolsonaro é parte da concertação da direita para que continue no poder e, sobretudo, retirando direitos do povo, maximizando seus lucros, ampliando a miséria no País.

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  • Mesmo usando máscara, Trump fica 8 pontos atrás de Biden na disputa presidencial dos EUA

    O presidente Donald Trump sucumbiu esta semana ao usou de máscara com o objetivo de seduzir o eleitorado americano, mas, segundo nova pesquisa Reuters/Ipsos, divulgada nesta quarta-feira (22), o republicano está com 8 pontos de desvantagem em relação ao adversário democrata Joe Biden.

    De acordo com a sondagem, 46% dos eleitores registrados apoiariam o ex-vice-presidente na eleição de 3 de novembro e que 38% votariam no republicano Trump. Os 16% restantes estão indecisos, planejam apoiar um candidato de um terceiro partido ou podem não votar.

    Tanto a campanha de Biden quanto a de Trump vêm dedicando grande parte de seu tempo a cortejar os 16% dos eleitores indecisos, potencialmente influenciáveis, que poderiam levar uma eleição acirrada para qualquer um dos lados.

    A derrota no horizonte de Trump me trouxe à memória uma entrevista/reportagem na revista britânica The Economist, de dezembro de 2019. Nela, o editor Tom Standage, entrevista um programa de inteligência artificial chamado GPT-2, em São Francisco, na Califórnia, sobre o resultado das eleições americanas vou reproduzir abaixo a pergunta e a resposta:

    P: Você acha que Donald Trump ganhará um segundo mandato?
    A: Eu acho que ele não vai ganhar um segundo mandato. Eu acho que ele será derrotado nas eleições gerais.

    Segundo o levantamento publicado hoje, os indecisos são mais propícios a votar em Biden. Eles estão classificados entre os que não aprovam Trump, apoiam Biden, estão preocupados com o novo coronavírus e buscam um candidato que consiga recuperar a economia dos Estados Unidos.

    A pesquisa Reuters/Ipsos foi realizada pela internet entre os dias 15 e 21 de julho com 4.430 adultos, incluindo 3.744 eleitores registrados e 595 eleitores registrados que não apoiaram um candidato de um grande partido, e tem margem de erro de cerca de dois pontos percentuais para o grupo como um todo e de cinco pontos percentuais para eleitores indecisos ou que apoiam um terceiro partido.