Auxílio emergencial de R$ 600 veio para ficar até 2022, diz diretor da Paraná Pesquisas

O presidente da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, disse ao Blog do Esmael nesta sexta-feira (17) que o auxílio emergencial de R$ 600 veio para ficar até 2022.

O CEO do instituto afirmou que os setores beneficiados com a ajuda do governo estão sustentando a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que gira em torno de um terço do eleitorado brasileiro.

Na prática, diz Hidalgo, os brasileiros que flertam com a linha de miséria –ou devido ao desemprego ou pelo desalento– tiveram um “upgrade” com o auxílio de R$ 600 durante a pandemia do novo coronavírus.

O ministro da Economia e o presidente Bolsonaro almejam manter esse benefício, mas, se discute no Congresso, por meio de um novo imposto sobre transações eletrônicas –a nova “CPMF”, que é combatida pelo Centrão e seu líder Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Na equação do ministro e do presidente, os 53,9 milhões de beneficiários do auxílio emergencial são vistos como ‘colchão político’ necessário para o projeto de reeleição de 2022.

Guedes e Bolsonaro querem deixar intacto o Orçamento da União para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública, qual seja, eles querem o dinheiro público para transferir para bancos e especuladores.

Economia

“Ninguém tira o auxílio emergencial de R$ 600 até a eleição de 2022”, repete Murilo Hidalgo, presidente da Paraná Pesquisas.

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  • Guedes ameaçar ir embora, mas tem contas para acertar aqui antes

    O ministro Paulo Guedes, da Economia, ameaça ir embora, caso o Congresso Nacional interdite as reformas pretendidas pelo governo.

    Suponhamos que num lampejo os congressistas barrem a tentativa de Guedes passar a boiada em prol dos bancos e especuladores. Não, ele não poderá ir. Guedes tem contas para acertar antes com a sociedade brasileira.

    O ministro da Economia quer beneficiar os empresários com uma reforma tributária, implantar a capitalização previdenciária e vender os ativos (patrimônio público), tais como o pré-sal, para pagar juros e amortizações da dívida pública.

    “Se eu puder vender estatais, acelerar privatizações, pegar recursos do petróleo e poder derrubar a dívida [federal], é o que eu tenho que fazer”, confessou o “Posto Ipiranga”, durante um evento online realizado pela XP Investimentos –braço do banco Itaú.

    Os trabalhadores e a produção foram escolhidos como os inimigos do governo. Guedes e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) preferem a especulação e as negociatas. Não falam de desenvolvimento e pleno emprego.

    Se a “boiada” inteira de Guedes e Bolsonaro passar pelo Congresso –e deverá passar pelas servis casas, Câmara e Senado—os bancos poderão levantar nessa pandemia de coronavírus até R$ 4 trilhões.

    A título de comparação, o Orçamento da União de 2020 é de apenas R$ 3,6 trilhões.

    Definitivamente, Paulo Guedes não pode ir embora impune. Tem contas para acertar aqui.