A integra do pronunciamento de Bolsonaro sobre o teste positivo para Covid-19

O Blog do Esmael disponibiliza a íntegra do pronunciamento oficial do presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (7), no qual ele anuncia que deu positivo o exame para Covid-19.

O presidente convocou para a coletiva de imprensa televisa apenas três emissoras “amigas”, a saber: TV Brasil (governo federal), CNN Brasil e TV Record –essas duas últimas ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), do bispo Edir Macedo.

Com a voz ofegante, Bolsonaro confirmou que seu exame para detectar se está com Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, deu positivo. O presidente tem 65 anos e é do grupo de risco.

“Estou bem, estou normal. Em comparação a ontem [segunda], estou muito bem. Estou até com vontade de fazer uma caminhada, mas não vou fazê-lo por recomendação médica, mas eu estou muito bem”, disse.

O presidente chegou a ter febre de 38 graus, mas que, à noite, a temperatura começou a ceder.

Mesmo infectado, Jair Bolsonaro minimizou o fato de ter testado positivo para o coronavírus. Ele associou o aumento de suicídios no Brasil, nesses tempos, com a Covid-19. Não há confirmação científica da sua afirmação.

Economia

“O que eu posso falar para todo mundo aqui. Esse vírus é quase como, eu já dizia no passado e era muito criticado, era como uma chuva, vai atingir você, né? Alguns, não. Alguns tem que tomar um maior cuidado com esse fenômeno por assim dizer”, repetiu.

De acordo com Bolsonaro, ele tomou hidroxicloroquina, remédio que vem defendendo como tratamento para a Covid-19. Não há comprovação científica da eficácia da hidroxicloroquina para a doença.

Além do presidente Jair Bolsonaro, o coronavírus atinge 1,6 milhão de pessoas e já matou mais de 66 mil brasileiros desde o início da pandemia.

Assista a íntegra do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro:

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MPF pede afastamento do ministro do Meio Ambiente, mas Paulo Guedes pode continuar passando a “boiada” na pandemia

Publicado em 7 julho, 2020

 

Os 12 procuradores que assinam a ação de improbidade administrativa contra ministro Ricardo Salles querem “fechar a porteira” no Ministério do Meio Ambiente, mas, pelo visto, pretendem deixar a escancarada a do Ministério da Economia para que Paulo Guedes “passe a boiada” em plena pandemia de coronavírus.

Numa ação que tramita na 8ª Vara da Justiça Federal de Brasília, o MPF acusa Salles de “desestruturação dolosa das estruturas de proteção ao meio ambiente”.

Os bravos procuradores do MPF citam como ponto de partida a reunião ministerial do dia 22 de abril deste ano, no Palácio do Planalto. No encontro, o ministro falou em “passar a boiada”, qual seja, aproveitar o período da pandemia do coronavírus para mudar atos e normas relacionados ao meio ambiente para, em português claro, facilitar a devastação de reservas florestais.

Os mesmos ínclitos membros do Ministério Público Federal não ficaram chocados com a “boiada passada” no último dia 24 de junho, no Senado, que obriga a privatização da água –um tema correlato com meio ambiente e economia.

Paulo Guedes, celebrado “Posto Ipiranga” do governo de Jair Bolsonaro, à luz do dia, tem anunciado que passará a “boiada das privatizações” de empresas e bens da União em plena pandemia da Covid-19. Ele planeja levantar até R$ 2 trilhões para repassar a bancos e especuladores a título de pagamento de juros e amortizações de dívida pública. Nada para o combate do vírus, que apenas é usado para abrir as porteiras.

Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro elogiou o reinício da liquidação de ativos públicos pelo ministro Paulo Guedes.

“Edifício “A Noite” será leiloado, em evento virtual que ocorrerá em agosto ou setembro. Localizado no RJ, é avaliado em cerca de R$ 90 milhões. Mais uma rodada das inúmeras ações de enxugamento dos gastos públicos e desperdício de dinheiro do pagador de impostos”, escreveu o presidente, que mesmo com suspeita de estar infectado pelo Covid-19 não diminuiu seu ímpeto lesa-patrimônio.

O Ministério Público Federal pediu o afastamento do ministro do Meio Ambiente, mas Paulo Guedes pode continuar passando a “boiada” na pandemia de coronavírus.

Caros procuradores do MPF, o cidadão médio brasileiro, na sua faculdade mental plena, seria bastante prudente e não venderia [ou compraria] um patrimônio estratégico –o bem da vida—num momento tão conturbado como este da pandemia. Fumus boni juris.