O empresário Luciano Hang, o Véio da Havan, sugeriu que empresários façam uma vaquinha para comprar por 30 dinheiros o apoio do guru e astrólogo Olavo de Carvalho.
Temendo ser xingado novamente pelas redes sociais, Hang disse a vaquinha para arrecadar dinheiro a Olavo seria para ele [astrólogo] ‘continuar lutando pelo Brasil’ desde a Virgínia, onde vive, nos Estados Unidos.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Olavo de Carvalho disse que o Véio da Havan era um “empresário de merda’, que vem para os Estados Unidos “comprar aviãozinho”. Um “palhaço que se veste de Zé Carioca”, atacou.
“Temos que ajudá-lo financeiramente. Está chateado, precisa de mais ajuda para continuar lutando pelo Brasil”, pediu o Véio da Havan para empresários em um grupo de WhatsApp.
Com forte abstinência monetária, o guru do presidente Jair Bolsonaro desferiu palavrões e insultos que até Deus duvida.
“Bolsonaro, o que ele fez para me defender? Bosta nenhuma!”, disparou Olavo de Carvalho.
O astrólogo ainda insultou o presidente da República: “Chega lá, me dá uma condecoraçãozinha… enfia essa condecoração no seu cu”, recomendou.
“Essas multas que esses caras estão cobrando de mim, vão me arruinar totalmente. Como é que eu vou poder sobreviver aqui nos Estados Unidos sem nenhum tostão furado?”, cobrou o guru de Bolsonaro.
Olavo de Carvalho ainda prometeu a Bolsonaro derrubar seu governo.
“Continue covarde e derrubo essa merda de governo”, disse.
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Com a batata assando, Jair Bolsonaro se dirige à Nação
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sentindo cheiro de sua batata assando, se dirigiu na noite deste domingo (7) à Nação, mas não explicou absolutamente nada.
Bolsonaro nada disse sobre a censura aos dados da Covid-19 e sua insistência para terminar o distanciamento social a fim de reabrir comércio, estádios de futebol, shoppings centers, bares, discotecas, enfim.
O presidente da República nada falou, também, sobre o fato de o Brasil ter 1.382 novas mortes por Covid-19.
O País agora soma 37 mil óbitos e 685.427 casos confirmados do novo coronavírus, segundo o Ministério da Saúde.
Entretanto, pelas redes sociais, Jair Bolsonaro se dirigiu à Nação nos seguintes termos:
- Lembro à Nação que, por decisão do STF, as ações de combate à pandemia (fechamento do comércio e quarentena, p.ex.) ficaram sob total responsabilidade dos Governadores e dos Prefeitos.
- O Presidente da República alocou centenas de bilhões de reais não só para combater o vírus, bem como para evitar o desemprego.
- Cada mês pago do auxílio emergencial de R$ 600,00 corresponde a despesa na ordem de R$ 40 bilhões para a União.
- Ao lado disso forças nada ocultas, apoiadas por parte da mídia, açoitam o Presidente das mais variadas formas para deslegitimá-lo ou atrapalhar a governança.
- Com fé em Deus e no povo seguirei meu destino de melhor servir ao meu país.
Gilmar Mendes ameaça Jair Bolsonaro com até 40 anos de prisão
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçou enquadrar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no crime de genocídio cuja pena de prisão pode chegar até 40 anos, pena máxima prevista na Lei Anticrime sancionada por ele [Bolsonaro] e o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro –em vigor desde janeiro de 2020.
Gilmar disse que a manipulação de dados estatístico sobre o novo coronavírus, impossibilitando ações concretas da autoridades sanitárias brasileiras, não irão isentar o presidente da República de eventual crime de genocídio.
Genocídio é tipificado na Lei 2.889/1956 e pelos artigos 121, 129, 270, 125 e 148 do Código Penal Brasileiro, qual seja, são dispositivos que descrevem as hipóteses dos ilícitos de homicídios qualificados e lesão corporal de natureza grave.
“A manipulação de estatísticas é manobra de regimes totalitários”, escreveu o ministro, em tom de severidade.
Para Gilmar Mendes, a prática é uma tentativa de o governo federal ocultar os números da #COVID19 para reduzir o controle social das políticas de saúde.
“O truque não vai isentar a responsabilidade pelo eventual genocídio”, ameaçou o ministro do STF.
O ministro Gilmar Mendes fez a ameaça no Twitter com ar de promessa. Tanto é que ele usou duas hashtags ‘#CensuraNao’ e ‘#DitaduraNuncaMais’ para marcar o texto nas redes sociais.
Aliás, após a censura dos dados sobre a Covid-19, Jair Bolsonaro foi chamado nas redes sociais de “ditador” e comparado com o presidente norte-coreano Kim Jong-un.
A censura de Bolsonao provocou um verdadeiro apagão no balanço global da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, sobre o coronavírus no Brasil.
Os dados brasileiros são importantes para que a instituição consiga totalizar o avanço da pandemia da Covid-19 pelo mundo. Até sexta-feira (5), no último levantamento da Johns Hopkins, o Brasil era país em segundo no ranking internacional de casos e em terceiro no de óbitos.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.