Para usar uma expressão em voga desses tempos de Covid-19, os grupos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já respiram por aparelhos. Eles são minoritários, perderam força e neste domingo (14) tentarão recuperar algumas ruas no País.
O principal campo de batalha será São Paulo, maior cidade do Brasil, que concentrará manifestações a favor e contra Bolsonaro.
No domingo passado (7), apenas 100 bolsonaristas estiveram na Avenida Paulista ante uma multidão contrária ao presidente da República que ocupou o Largo da Batata, na região do Pinheiros.
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Amanhã, no entanto, os contrários a Bolsonaro se reunirão em frente ao MASP, na Paulista, a partir das 14h. Os que defendem correligionários de Bolsonaro, por sua vez, se concentrarão no Viaduto do Chá, também área central da capital paulista.
A saída do ex-ministro Sérgio Moro do governo, no final de abril, ajudou enfraquecer politicamente o bolsonarismo e Bolsonaro. A Lava Jato e, por consequência, o lavajatismo era um braço importante na mobilização dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
Reunindo cada vez menos gente, os atos em apoio a Bolsonaro tem se resumido a bravatas, xingamentos e atos de violência de facto ou simbólicos dos chamados bolsominions, que acabam atraindo a atenção pela forma bisonha que agem. Vide o caso da invasão de um hospital no Rio, após orientação do presidente da República.
Todas as últimas manifestações em apoio a Bolsonaro, que viraram um fiasco de público, ele mesmo deu um jeito de criar um factoide para abafar a queda de seu castelo de cartas. Seja dando declarações esdrúxulas, seja fazendo irresponsáveis aglomerações sem graça nenhuma.
Portanto, caro leitor, não espere nada diferente para este domingo.
Por outro lado, o comitê central da burguesia paulistana já definiu que Jair Bolsonaro vai cair. A questão é quando e o modus operandi. Por isso, tic-tac, tic-tac, tic-tac…
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.