[Ao vivo]: Manifestantes contra Bolsonaro superam os favoráveis ao governo

As manifestações deste domingo (7) marcaram a virada em que os contrários ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) são a maioria nas ruas. Os movimentos antirracistas, antifascistas e pró-democracia somaram a maioria no dia de hoje em todo o País.

Os apoiadores de Bolsonaro já vinham perdendo força nas últimas manifestações cujo fiasco de mobilização era “escondido” pela retórica e bravata do presidente da República, ora conta o Supremo Tribunal Federal, ora contra o Congresso Nacional, ora contra a democracia brasileira.

Em Brasília, os manifestantes se reuniram na Biblioteca Nacional, por volta das 9h e percorreram a Esplanada dos Ministérios.

Em São Paulo, os manifestantes contrários ao governo de Jair Bolsonaro estão reunidos neste domingo (7) no Largo da Batata, Zona Oeste de São Paulo.

Por volta das 16h30, os manifestantes paulistanos iniciaram uma marcha rumo à Avenida Paulista.

Sob forte esquema de segurança da PM, centenas de pessoas já concentram na Praça Santos Andrade (UFPR) em Curitiba.

Economia

Contrariando as expectativas do presidente Jair Bolsonaro, até agora, os protestos contra o governo ocorrem dentro da ordem e são pacíficos em todas as capitais brasileiras.

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#AoVivo SP NÃO CONSEGUE RESPIRAR! Vidas Negras Importam.

Publicado por Jornalistas Livres em Domingo, 7 de junho de 2020

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Gilmar Mendes ameaça Jair Bolsonaro com até 40 anos de prisão

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçou enquadrar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no crime de genocídio cuja pena de prisão pode chegar até 40 anos, pena máxima prevista na Lei Anticrime sancionada por ele [Bolsonaro] e o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro –em vigor desde janeiro de 2020.

Gilmar disse que a manipulação de dados estatístico sobre o novo coronavírus, impossibilitando ações concretas da autoridades sanitárias brasileiras, não irão isentar o presidente da República de eventual crime de genocídio.

Genocídio é tipificado na Lei 2.889/1956 e pelos artigos 121, 129, 270, 125 e 148 do Código Penal Brasileiro, qual seja, são dispositivos que descrevem as hipóteses dos ilícitos de homicídios qualificados e lesão corporal de natureza grave.

“A manipulação de estatísticas é manobra de regimes totalitários”, escreveu o ministro, em tom de severidade.

Para Gilmar Mendes, a prática é uma tentativa de o governo federal ocultar os números da #COVID19 para reduzir o controle social das políticas de saúde.

“O truque não vai isentar a responsabilidade pelo eventual genocídio”, ameaçou o ministro do STF.

O ministro Gilmar Mendes fez a ameaça no Twitter com ar de promessa. Tanto é que ele usou duas hashtags ‘#CensuraNao’ e ‘#DitaduraNuncaMais’ para marcar o texto nas redes sociais.

Aliás, após a censura dos dados sobre a Covid-19, Jair Bolsonaro foi chamado nas redes sociais de “ditador” e comparado com o presidente norte-coreano Kim Jong-un.

A censura de Bolsonao provocou um verdadeiro apagão no balanço global da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, sobre o coronavírus no Brasil.

Os dados brasileiros são importantes para que a instituição consiga totalizar o avanço da pandemia da Covid-19 pelo mundo. Até sexta-feira (5), no último levantamento da Johns Hopkins, o Brasil era país em segundo no ranking internacional de casos e em terceiro no de óbitos.